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Borra do café convertida, na Universidade do Minho, em bebida alcoólica

cafecafe graosCientistas da Universidade do Minho conseguiram criar, a partir da borra do café, uma bebida alcoólica com um “elevado potencial comercial”. Tão forte como a aguardente ou a vodka, a bebida apresenta “40 por cento de etanol e aroma a café”.

Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho (UM) conseguiu destilar uma bebida a partir do café, mas, ao invés que acontece com os licores, não utilizou os grãos: a bebida é feita com a borra do café. Ainda assim, o teor alcoólico é tão forte que equivale à aguardente ou à vodka.

O processo baseou-se na adição de açúcar e levedura (para catalisar a fermentação), depois de coada a água com que os resíduos secos de café foram fervidos. A simplicidade desta técnica, já patenteada, garante um “elevado valor comercial” à nova bebida, como realça a UM em comunicado.

“Num formato de produção em contexto industrial, apesar do processo ser relativamente simples e barato, a recolha de grandes quantidades de borra de café necessita de um sistema com alguns cuidados, já que estes resíduos têm humidade e outros fatores de fácil contaminação”, explicou a investigadora Solange Mussatto.

A principal vantagem desta destilação é o melhor aproveitamento do café. “A borra representa cerca de 80 por cento do grão”, salientou a cientista, pelo que os resíduos são “muito ricos”, complementou: “a nova bebida foi identificada como café alcoólico, mas na verdade é um destilado, como uma aguardente transparente, com 40 por cento de etanol e aroma a café”.

Para a revista Time, a nova bebida ‘made in’ UM é uma das 25 melhores invenções de 2013.

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