O sistema de equilíbrio de desempenho (BoP) tem sido um dos ‘cavalos de batalha’ na Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) e motivo para alguma polémica. Mas organizadores da competição dizem que tem funcionado.
Mesmo antes da época 2019 se iniciar Gabriele Tarquini foi uma das vozes mais críticas do sistema, muito embora outros pilotos, como Tiago Monteiro, viessem a público dizer que o BoP não podia ser motivo para lamentação ou desculpa para os insucessos de cada um.
Para os organizadores o sistema está a ser um sucesso, evocando o facto de em Zandvoort ter ganho a Lynk & Co, que na jornada anterior nem conseguiu ir aos pontos. depois de se impor na segunda corrida do fim de semana na pista holandesa.
O BoP, que em teoria seria para toda a temporada, já foi ajustado duas vezes. Na primeira ocasião para devolver 10 kg aos Volkswagen Golf GTi TCR depois de se ter percebido que não tinham qualquer benefício notório após a primeira jornada, em Marraquexe. O que se tornou evidente depois da marca ter regressado à unidade original na Eslováquia.
A segunda mudança foi feita após a etapa do SlovakiaRing, quando foi autorizado que a Lynk & Co rodasse com a potência total, deixando o Hyundai i30 N TCR como o único modelo a rodar com potência reduzida, o que foi rapidamente mudado após a qualificação de Zanvoort, quando se assistiu a um domínio esmagador da Lynk & Co. Algo que provocou os protestos de outras equipas.
Marcello Lotti, responsável pela criação do TCR, elogiou o sistema: “Estou contente com o que o departamento técnico do campeonato fez desde o começo do ano. Ninguém pode dizer que o BoP não funciona. Até ao dia de sábado (em Zandvoort) a diferença entre os carros foi boa. Quando um novo carro chega recolhemos dados do primeiro evento e até agora só houve três”.
Lotti explica que a decisão de dar mais potência aos Lynk & Co foi feita pelo Comité Técnico do TCR e não resultou de qualquer pressão por parte da marca chinesa. “Não houve nenhum pedido deles, e penso que foi uma surpresa o seu andamento no sábado. Vimos isso na qualificação. Comecei a falar com os nossos engenheiros e verificou-se que eles não conheciam o carro suficientemente”, justifica o italiano.
Quando a qualificação da prova de Zandvoort terminou as equipas organizaram uma reunião e pediram uma reavaliação do BoP. O que para Marcello Lotti foi perfeitamente natural: “Fora do meu camião parecia uma manifestação de Paris, só faltavam os coletes amarelos. Quando algo acontece sabemos porque razão foi”.
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