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Bombeiro ferido desespera por apoios

Um dos bombeiros que ficou ferido no despiste em Arganil, em outubro, quando estava em missão de combate aos fogos, queixa-se de não ter recebido apoios do Estado e diz que “é triste” estar nesta situação.

“Até à data de hoje ainda não recebi nenhum dos valores, o que é triste. Damos o nosso corpo para ajudar as pessoas e no fim, quando  temos estes acidentes, ninguém nos ajuda. [Tem sido] Tudo ao meu cargo. O meu ofício foi sempre mecânico de automóveis, mas agora estou desempregado. Sinto-me um bocado triste porque eu estou a passar dificuldades, tenho filhas, e o único ordenado que entra em casa é o da minha mulher. É triste”, afirmou João Poeiras, em declarações à TVI.

Este soldado da paz lamenta ainda a atitude do Estado para com os bombeiros.

“Apesar de estar a falar por mim, também posso falar pelos meus camaradas de outras cooperações: eu acho que o Estado devia dar mais valor ao nosso trabalho, porque o nosso trabalho é digno e não esta a ser valorizado. É [um sentimento de revolta]. A gente devia ser mais ajudada pelo nosso trabalho”.

O bombeiro revela como está o seu estado de saúde.

“Neste momento tenho cinco costelas fraturadas e tenho uma lesão no ombro direito”, disse à TVI, recordando o acidente que a viatura de combate aos fogos teve.

“Fomos destacados para o de Pampilhosa da serra, passámos lá a noite. De manhã, quando nos preparávamos para ir para o outro tal incêndio, a gente começou a descer a serra ficámos sem travões e pronto, aquilo é curvas contracurvas. O nosso azar é que na berma, do lado direito, estava um vale mais fundo e foi aí que partimos a viatura toda”, diz, lembrando o estado em que ficou.

“Eu senti logo o estalo nas minhas costelas, não conseguia respirar. Ainda tive tempo de sair da viatura. Antes de eu sair, saiu um camarada nossa para desligar logo o corta corrente, a seguir saí eu e depois começaram a sair os outros. Eu ainda consegui subir para a estrada, quando cheguei à estrada tive de me deitar porque eram umas dores insuportáveis e não aguentava mesmo”.

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