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Bolsonaro admite afastar futuro ministro se existir “denúncia robusta”

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, admitiu hoje que poderá demitir o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se existirem provas ou uma “denúncia robusta” contra ele.

“A haver qualquer comprovação, obviamente, ou uma denúncia robusta contra quem quer que seja do meu Governo que esteja ao alcance da minha caneta ‘Bic’, ela será usada”, garantiu à imprensa Jair Bolsonaro, após um evento solene do Exército, em Brasília, no qual foi condecorado por ter salvo um soldado de afogamento, em 1978.

Também hoje, o futuro vice-Presidente do Brasil, Hamilton Mourão, pronunciou-se acerca das acusações de crimes eleitorais contra Onyx Lorenzoni.

O general Mourão afirmou que caso se comprovem irregularidades na investigação contra o próximo ministro da Casa Civil ele terá de sair do Governo.

“Uma vez que seja comprovado que houve ilicitude, é óbvio que [Onyx] terá de se retirar do Governo. Mas, por enquanto, é uma investigação”, declarou o vice-presidente de Jair Bolsonaro.

O juiz Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro autorizou na terça-feira investigações em separado para apurar crimes eleitorais alegadamente cometidos por Onyx Lorenzoni, anunciado como ministro do futuro Governo de Jair Bolsonaro.

A decisão responde a um pedido feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para separar excertos de depoimentos dos executivos da JBS relacionados com o “pagamento de caixa 2” (doação de dinheiro para campanha não declarado à justiça eleitoral), para Lorenzoni e outros nove parlamentares.

O futuro ministro foi citado como um dos políticos que recebeu dinheiro para financiar a sua campanha ao cargo de deputado federal (membro da câmara baixa) nos anos de 2012 e 2014, pelos executivos da empresa de produção de carne JBS.

Em 2017, Lorenzoni pediu desculpas e admitiu à radio brasileira Bandeirantes que recebeu a quantia de 100 mil reais (23 mil euros) da empresa em 2014.

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