A bolsa de Wall Street negociava hoje em baixa no início da sessão, após a China ter ameaçado os EUA com “fortes represálias”, na sequência da aprovação de um projeto de lei sobre direitos humanos em Hong Kong.
Pelas 14:46 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones cedia 0,24 por cento para 27.871,20 pontos e Nasdaq perdia 0,18 por cento para 8.556,04 pontos.
Por sua vez, o índice alargado S&P 500 fixava-se em 3.114,96 pontos, menos 0,18 por cento.
O Governo chinês condenou hoje a aprovação pelo Senado dos Estados Unidos de um projeto de lei de apoio aos direitos humanos e à democracia em Hong Kong, e ameaçou Washington com “fortes represálias”.
“Esta lei ignora os factos e a verdade […] e interfere descaradamente nos assuntos de Hong Kong, que são assuntos internos da China. É uma violação grave do direito internacional e das regras básicas que regem as relações internacionais”, sublinhou, em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang.
Este porta-voz também advertiu que a China responderá com “fortes represálias” se a legislação for aprovada, a fim de “defender a sua soberania e os interesses de desenvolvimento”.
O texto prevê sanções contra as autoridades chinesas e da antiga colónia britânica que cometam abusos de direitos humanos e exige uma revisão anual do estatuto económico especial que Washington concede ao centro financeiro.
De acordo com a leitura de Pequim, “a situação atual de Hong Kong não tem nada a ver com direitos humanos ou democracia. A questão proeminente é acabar com a violência de uma vez por todas, restaurar a ordem e garantir o Estado de direito”, disse Geng.
Na terça-feira, a bolsa de Nova Iorque negociou mista, com o índice Dow Jones a recuar 0,11 por cento para 27.934,02 pontos.