A Boeing reconheceu implicitamente na quarta-feira que um sensor pode estar na origem do acidente com um 737 da transportadora Lion Air que caiu na Indonésia e atualizou as instruções para companhias aéreas confrontadas com o mesmo problema.
Em paralelo, a FAA (regulador aéreo norte-americano) ordenou aos operadores do 737-8 e 737-9 em todo o mundo para proceder de imediato à revisão preconizada pelo construtor, porque a falha detetada pode causar uma perda de altitude e os pilotos podem ter graves dificuldades em manter o controlo do aparelho.
A Boeing explicou em comunicado, citado pela AFP, que os pilotos do voo que se despenhou na semana passada no mar de Java, provocando 189 mortos, podem ter recebido falsas indicações do sistema de informação do aparelho, antes do acidente, de acordo com os primeiros elementos da caixa negra encontrada, que registou os parâmetros de voo.
A Boeing publicou uma atualização do seu “manual operacional, indicando aos operadores os procedimentos que as tripulações devem seguir em caso de informações erradas provenientes dos sensores”.
Cerca de 246 aparelhos do modelo 737 MAX, a última versão do 737 com um único corredor, o avião comercial mais vendido, estão abrangidos, segundo a FAA.
Um relatório preliminar sobre as causas do acidente com o avião da Lion Air deve ser divulgado no final do mês.
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