GNR investiga eventual crime por negligência, no acidente que vitimou Angélico Duarte e Hélio Van-Dúnem. O BMW que o cantor conduzia foi importado da Alemanha, segundo avança o Sol, e não tinha pneus adequados, que permitissem que o veículo continuasse a circular em segurança após um furo.
Uma investigação levada a cabo pelo Sol revela que o proprietário do BMW que Angélico Vieira conduzia importou o carro e não o tinha equipado com os pneus adequados. O descapotável pertencera a dois proprietários ligados ao mundo do crime e já estivera envolvido num grave acidente.
O Destacamento de Trânsito da GNR de Aveiro está a proceder a peritagens que permitam concluir se houve crime por negligência, já que os pneus do automóvel não eram originais nem adequados para aquela viatura. O carro que Angélico conduzia não tinha pneus chamados ‘run flat’.
Mas o que é um ‘run flat’? Trata-se de um pneu que tem as paredes reforçadas e que, em caso de furo, apresenta um comportamento totalmente diferente (mais seguro), em comparação com um convencional.
Desde logo, pode evitar um despiste, desde que as velocidades não sejam muito elevadas. Um pneu convencional – como os que estavam no BMW que Angélico conduzia, segundo a GNR – em caso de furo tem um esvaziamento imediato, o que complica o controlo do veículo.
Já com este pneu reforçado, criado para que o condutor possa ter mais segurança e conduza alguns quilómetros em caso de furo, o comportamento em estrada melhora substancialmente, evitando, por exemplo, que a jante toque no chão. Pode ser a diferença entre um grave acidente e um grande susto.
A BMW tem sido líder na tecnologia dos ‘run flat’ e todos os seus veículos passaram a dispor desta tecnologia há anos. No entanto, são mais caros e que duram menos quilómetros. Angélico não conduzia um carro original. Era importado, modificado, com registo de acidentes e que chumbara numa inspeção.
Veja as diferenças entre um pneu convencional e um run flat:
https://www.youtube.com/watch?v=vGwKDXAx86c