Um comentário no blogue ‘Casa das Aranhas’ expôs nomes de 1438 alegados membros da maçonaria, do Grande Oriente Lusitano (GOL). Esta fuga de informação na Internet ocorreu a 1 de agosto e, segundo revela à Sábado o antigo líder do GOL, António Reis, é um caso “muito preocupante”, que revela uma “intrusão” num sistema informático.

A divulgação de nomes de 1438 maçons ocorreu no blogue ‘Casa das Aranhas’, num comentário a uma publicação que aborda a maçonaria em Portugal, com o título “Uma História de Corrupção e Conspiração”.

“É com alguma dificuldade que tento neste pequeno texto discutir brevemente a razão pela qual todos devemos estudar as sociedades secretas cuidadosamente”, escreve o autor do texto do blogue que suscitou o comentário assinado por “António José”.

Segundo se pode ler no ‘Casa das Aranhas’, “este é um tema muitíssimo vasto, e tem tantas vertentes que para proceder à denúncia da verdadeira teia de poder que transcende partidos, afiliações políticas e religiosas, tanto poderíamos considerar textos sobre finança, como livros sobre geopolítica, como tratados sobre misticismo”.

Ao longo desse texto são tecidas considerações sobre a maçonaria em Portugal, “uma plataforma que facilita a corrupção”. Diversos nomes de políticos – em funções, alguns deles – são referidos como membros destas sociedades secretas.

O assunto suscita então comentários, sendo que um deles expõe 1438 nomes de alegados maçons, o que acende uma enorme polémica. O autor desse comentário divulga nomes de alegados membros da maçonaria, numa lista elaborada por ordem alfabética.

Segundo revela a Sábado, esta é uma fuga de informação que não tem precedentes e que gerou um sentimento de pânico em algumas das pessoas, cujos nomes aparecem listados como membros da maçonaria em Portugal, do Grande Oriente Lusitano.

Entre os alegados maçons estão políticos, deputados, empresários, banqueiros, professores universitários, jornalistas e também juízes, que são ou terão sido membros do Grande Oriente Lusitano.

De acordo com o Diário de Notícias, esta lista é “anterior a 2004”, sendo que “alguns daqueles elementos” estão “adormecidos” – ou seja, deixaram a obediência ou suspenderam a participação. Alguns dos maçons são pessoas que já morreram, revela ainda o DN.

Este é considerado o mais forte ataque à maçonaria, com informação secreta que ficou publicada na Internet. A notícia foi avançada pela revista Sábado, que ouviu o antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. António Reis comentou o caso, considerando que é algo “muito preocupante”, provavelmente efeito de uma “intrusão no sistema informático”.