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Bloco acusa Governo de criar “fantasmas da falência ou da nacionalização do BES”

joao semedo bloco Para João Semedo, coordenador do Bloco, o primeiro-ministro tem de explicar no Parlamento “as zonas nebulosas” da solução para o Banco Espírito Santo (BES). O Governo de Passos Coelho “criou dois fantasmas: a falência do banco, ou a sua nacionalização”. “Desafiamos o primeiro-ministro a interromper as suas férias e a não se esconder por detrás da ministra das Finanças”, afirmou Semedo.

Em conferência de imprensa, o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, considerou que o primeiro-ministro tem de interromper as férias, para prestar esclarecimentos na Assembleia da República sobre a solução encontrada para o BES.

“Por estarmos perante uma operação de todo o Governo, que envolve o Banco de Portugal, o próprio Presidente da República e organismos europeus, é o primeiro-ministro que tem de dar a cara por esta situação”, afirmou João Semedo.

Assim, continuou o coordenador do Bloco de Esquerda, Passos não pode deixar de estar presente, na quinta-feira, na reunião da comissão permanente da Assembleia da República.

“Desafiamos o primeiro-ministro a interromper as suas férias e a não se esconder por detrás da ministra das Finanças”, afirmou Semedo.

Para o Bloco de Esquerda, há riscos para as finanças públicas, suscitadas com a solução encontrada para o Espírito Santo, que implica um empréstimo de 4,9 mil milhões ao Fundo de Resolução, para recapitalizar o Novo Banco, que nasce após a divisão do BES.

“Com esta solução, o Governo criou dois fantasmas: a falência do banco, ou a sua nacionalização.

E criou uma solução que não é carne nem é peixe. E que põe em risco o dinheiro dos contribuintes”, avisa João Semedo.

Estas declarações surgem numa altura em que o reputado economista Paul De Grauwe diz que no resgate do BES “o Governo está a enganar o povo” e a “contrair dívida”, colocando “os contribuintes em risco”.

Recorde-se que o Estado vai emprestar aquele valor ao Fundo de Resolução, que não dispõe de capital suficiente para garantir a sustentabilidade do banco.

E uma vez que os milhões disponíveis não eram suficientes, o Governo aprovou um empréstimo, anunciado pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

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