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Bloco não encontra “sentido” na declaração de Costa sobre função pública

A coordenadora do BE defendeu hoje a recuperação dos salários da função pública, referindo que “não têm sentido” as declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobre a contratação de funcionários em detrimento do aumento de salários.

“Não percebo muito bem a frase. Julgo que não tem sentido porque, tanto quanto sei, o Governo tem no processo de descongelamento [de carreiras] que aumentar salários, tem que aumentar a tabela remuneratória única no que diz respeito aos escalões mais baixos, que já foram ultrapassados pelo salário mínimo. Portanto, essa escolha não está em cima da mesa. O que está em cima da mesa é recuperar os salários da função pública”, afirmou Catarina Martins.

Em entrevista ao Diário de Notícias, este fim de semana, António Costa referiu que “é mais importante contratar mais funcionários públicos do que aumentar os salários”.

A líder do BE falava aos jornalistas à margem de uma reunião com agentes culturais sobre a criação da Rede de Teatros e Cineteatros que esta tarde decorreu no Rivoli Teatro Municipal, no Porto.

Catarina Martins defendeu ainda que, “há dez anos que [os funcionários públicos] perdem poder de compra e todos compreendemos que não teremos funcionários públicos capazes se lhes oferecermos os piores salários do país. E também é preciso contratar mais gente para os serviços públicos porque falta gente nos hospitais, falta gente nas escolas, falta gente na caixa geral de aposentações”.

“Há necessidades às quais o país tem de responder. E a verdade é que o país tem capacidade para responder e essa é uma boa notícia”, acrescentou a coordenadora do BE, frisando que “a atualização salarial tem de ser feita” e que “outro problema são os serviços públicos não terem gente”.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Costa falou de salários e da qualidade de vida dos portugueses.

“Se me perguntar o que é mais importante, aumentar o número de funcionários ou o vencimento dos funcionários, respondo que aumento o número dos funcionários. Neste momento isso é mais importante para melhorar a qualidade dos serviços e responder melhor àquilo que são as necessidades dos portugueses, e também para melhorar a qualidade de vida de quem já está hoje na administração pública”, disse o primeiro-ministro.

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