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A bizarra polémica portuguesa sobre a Agência Europeia de Medicamentos

A candidatura de Lisboa à Agência Europeia do Medicamento ~(EMA) deu origem a uma polémica. O curioso é que, a 10 de maio, houve unanimidade na aprovação de um voto de saudação, no Parlamento, sobre esta questão.

A 10 de maio, os deputados aprovaram por unanimidade um voto de saudação, por proposta do PS, à candidatura de Portugal como sede da Agência Europeia de Medicamentos.

No texto, que (repita-se) gerou unanimidade parlamentar, salienta-se que “este é um projeto e um desiderato verdadeiramente nacional”.

“Na sequência do Brexit as agências europeias sediadas no Reino Unido terão que ser relocalizadas e Portugal apresenta fortes argumentos para que Lisboa seja escolhida”, realça o voto de saudação.

A cidade a acolher a EMA “deve estar localizada numa cidade que tenha um ambiente científico e académico reconhecido, que tenha boas estruturas para instalação e que apresente condições para acolher semanalmente um número elevado de interlocutores”.

E Lisboa é considerada como reunindo todos os requisitos:

“Portugal e Lisboa cumprem todos esses requisitos e podem, para mais, oferecer qualidade de vida que permita atrair e reter os talentos da EMA, numa envolvente cultural e científica estimulante”.

Os parlamentares levaram e votaram a favor. Todos.

Menos de um mês depois, o voto unânime deixou de o ser, com algumas vozes dissonantes, desde Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, ao PSD, que questionou o Governo sobre a escolha de Lisboa como sede.

“Consegue o ministro da Saúde verbalizar, com um toque de verdade, das razões para tal decisão e dos argumentos para preterir outras cidades portuguesas?”, perguntou Miguel Santos, deputado social-democrata e vice-presidente da bancada do PSD.

Estas dúvidas foram levantadas na mesma casa onde os deputados se uniram em torno de Lisboa como a eleita para a dita EMA.

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