Biro, o criador da esferográfica, lembrado com arte

No dia em que se assinala o 117.º aniversário do húngaro Ladislao José Biro, o inventor que criou a esferográfica, a Google presta um tributo com arte. Um doodle assinala essa efeméride, nesta quinta-feira, dia 29 de setembro.

Nascido em Budapeste (na altura, pertencente ao império Austro-húngaro) há 117 anos (29 de setembro de 1899), Ladislao José Biro apresentou um invento revolucionário em 1931, durante a Feira Internacional de Budapeste: tratava-se da esferográfica, um utensílio que ainda hoje é sobejamente usado em todo o mundo.

A experiência no jornalismo, ainda na Hungria, levou o então jovem László József Bíró a perceber que a tinta utilizada pelos jornais, de secagem rápida e que não deixava manchas na folha, poderia também servir para a escrita manual.

Após várias experiências com as canetas de tinteiro, pouco eficazes dada a viscosidade da tinta, este inventor húngaro desenvolveu, em conjunto com o irmão György (químico de formação), uma ponta em forma de esfera para a caneta.

“Fiquei a pensar, depois de visitar a gráfica de um jornal, onde usavam uma tinta de secagem rápida sobre uma superfície a rolar, que isso poderia ser adaptado a uma vulgar caneta”, disse o inventor, numa entrevista de meados do século passado.

A função dessa esfera era distribuir a tinta de forma uniforme, ao rolar livremente enquanto era usada para se escrever, uma vez que a tinta ‘caía’ na parte de cima da esfera a partir de um cartucho.

Sete anos após ter apresentado a primeira versão da esferográfica, Bíró patenteou a revolucionária criação, em Paris.

A comercialização da esferográfica, então com o nome ‘Eterpen’, começou em 1944 e custava, à data, quase 40 euros.

Com o advento da II Guerra Mundial, por ser judeu, László József Bíró teve de fugir e emigrou para Buenos Aires, adquirindo a nacionalidade argentina e passando a ser Ladislao José Biro.

Quando morreu, a 24 de outubro de 1985, era casado e tinha uma filha, Mariana.