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Binter Cabo Verde realiza em média 11 evacuações médicas por semana

A transportadora aérea Binter Cabo Verde realizou uma média de 11 evacuações médicas entre as ilhas do arquipélago desde janeiro de 2018, num total de 948 transportes de doentes.

Em comunicado, a Binter adiantou que em 2018 realizou um total de 578 transportes de doentes, das quais 89 com necessidade de maca.

E de janeiro a agosto deste ano, já efetuou 370, das quais 57 com necessidade de maca.

“Em média, são 11 evacuações por semana, cada uma realizada com todas as garantias de segurança, conforto, eficiência e profissionalismo”, salientou a companhia, que em novembro do ano passado celebrou um protocolo com o Ministério da Saúde cabo-verdiano para o transporte de doentes, apesar de já fazer esse serviço antes.

“A dois meses de completar um ano da assinatura desse acordo, que muito nos honra, temos orgulho em comunicar que as evacuações sanitárias têm sido realizadas de forma constante e segura”, prosseguiu a mesma fonte.

A Binter referiu que o trabalho tem sido realizado em conjunto com as delegacias de saúde, bombeiros, a empresa que administra os aeroportos (ASA), a CV Handling, autoridades, Proteção Civil, e sempre em coordenação com o Ministério da Saúde.

Desde agosto de 2017 a Binter era a única companhia que fazia as ligações entre as ilhas de Cabo Verde, depois da saída da companhia aérea pública TACV, que entretanto regressou às operações domésticas em início de agosto, agora denominada Cabo Verde Airlines (CVA), e detida pelos islandeses da Icelandair.

A Binter Cabo Verde, criada em 2014, é uma companhia de direito 100 por cento cabo-verdiano, que tem como único acionista a empresa Apoyo Y Logistica Industrial Canária, Sociedade Limitada.

Com um capital social de 664.410.000 de escudos cabo-verdianos (6,025 milhões de euros), o acordo para o início da exclusividade dos voos previa a entrada do Estado cabo-verdiano na companhia com a aquisição de 49 por cento do capital social, o que até agora não foi anunciado.

O transporte de doentes no arquipélago vinha sendo feito desde o ano passado também por uma aeronave alugada pelo Estado à empresa portuguesa Sevenair, mas que desde finais de agosto está impedida de voar por imposição legal.

Em um ano, o avião transportou mais de 400 doentes para os hospitais centrais cabo-verdianos, bem como outras operações, como patrulha aérea, transporte de militares e de valores do banco central de Cabo Verde.

A Agência de Aviação Civil (AAC) cabo-verdiana garantiu que a maioria do transporte de doentes por via aérea (81 por cento) tem sido assegurada pela transportadora aérea nacional (Binter Cabo Verde), que foi devidamente certificada para o transporte aéreo doméstico.

A reguladora da aviação civil disse ainda à agência Lusa que a continuação das operações da aeronave alugada à empresa portuguesa depende de um acordo entre Estados.

A Sevenair assinou em julho de 2018 um acordo com o Governo de Cabo Verde para a troca de um avião Dornier da Guarda Costeira por dois CASA C212 Aviocar, propriedade deste grupo português de aviação.

Segundo a administradora comercial da Sevenair, Alexandre Alves, os dois aviões deverão chegar ao país dentro de três meses.

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