O Centro Cultural de Belém (CCB) acolhe, hoje e amanhã, a sexta edição do Big Bang. Apesar de ser um festival de música, o evento vai ter bicicletas que cantam e um ilustrador em ‘dueto’ com um pianista, sem falar na viagem ao interior de um piano.

São dois dias de música num festival que é pensado para as crianças, mas vivido por pessoas de todas as idades, mostrando-se como um estímulo à aproximação à música.

O Big Bang – Festival de Música e Aventura para um Público Jovem traz ao CCB, hoje e amanhã, vários espetáculos para crianças, nos quais estão envolvidas estruturas culturais portuguesas e estrangeiras.

Uma das curiosidades desta edição é a instalação com dez bicicletas, no espaço exterior do CCB, que formam um conjunto musical. São bicicletas que ‘cantam’ quando alguém do público as pedala, pois estão equipadas com um dínamo, um altifalante e um tubo. No momento em que dez pessoas pedalarem em simultâneo surgirá a melodia.

Mas o Big Bang deste ano destaca-se também pelo ‘A cidade da tristeza profunda’, um concerto criado pelos Dead Combo para um público maior de 5 anos.

Nesta “fábula sobre o poder da música”, que conta com uma interpretação da atriz Ainhoa Vidal e a presença de marionetas, Pedro Gonçalves e Tó Trips serão Gato-pingado e Escanzelado.

Já Pedro Ramos e Paulo Rodrigues, da Companhia de Música Teatral, vão dar uma ‘aula’ sobre a anatomia de um piano, com um concerto que se transformará numa viagem ao interior deste instrumento.

Também ao piano vai estar Filipe Raposo, responsável pelo concerto ‘4 mãos’, com as outras duas a pertencerem a António Jorge Gonçalves, um ilustrador que vai desenhar a música tocada pelo pianista.

Em ‘Canções com raízes’, os belgas Jan van Outryve e Soeetkin Baptist, com a atriz portuguesa Lia Carvalho e o Coro da Academia de Música de Monte Abraão, visitam os arquivos de música popular e tradicional recolhidos pelo investigador e musicólogo norte-americano Alan Lomax.

O ‘Quarto dos músicos’ tem como ocupantes, nesta sexta edição, Margarida Mestre e Beatriz e Joana Bagulho, que vão criar um imaginário musical numa das divisões do CCB.