Mais um rali do campeonato de Portugal da especialidade e mais uma vitória para Bernardo Sousa. O piloto madeirense parece lançado para um novo título nacional, depois de mais um triunfo, desta feita no asfalto da zona da Marinha Grande, onde se disputou o Rali Vidreiro.
Tal como nas provas anteriores, o êxito de Sousa esteve longe de ser fácil, devido em parte às inconstantes condições atmosféricas, e também pela forma como Adruzilo Lopes iniciou o rali, tirando partido da sua aposta nos pneus Pirelli para piso seco.
O piloto de Regilde parecia mesmo caminhar para um possível triunfo quando um problema numa bobine do seu Subaru Impreza STi durante a quinta classificativa o fez descer da primeira para a quarta posição.
Bernardo Sousa, que sentira alguma dificuldade no começo da prova com as escolhas de pneus, soube tirar o melhor partido do atraso de Adruzilo Lopes e também dos Pirelli que equiparam o seu Ford Fiesta S2000 para assumir de forma definitiva o comando do rali.
Mas a vantagem do piloto madeirense nunca foi muito grande, devido à curta quilometragem dos troços da região marinhense, pelo que apenas na ‘Power Stage’ Pedro Meireles acabaria por atirar a ‘toalha ao chão’, colocando-se à mercê de Ricardo Moura.
É que antes da super-especial noturna que fechava a prova do Clube Automóvel da Marinha Grande apenas 1,6 segundos separava os pilotos dos dois Skoda Fabia S2000. O açoriano acabou por arriscar mais do que o seu rival vimaranense, levando o seu carro a dar um toque num passeio, que apenas provocou danos estéticos, e dessa forma garantiu o segundo posto por uma margem quase insignificante; duas décimas de segundo (!).
Adruzilo Lopes ainda deu o tudo por tudo na ‘power stage’ e na super-especial para chegar ao pódio, mas ficaria ingloriamente também a uma escassa margem de o conseguir ao terminar a somente três décimas do terceiro posto.
Miguel Jorge Barbosa realizou uma prova consistente que lhe valeu um justo sexto lugar e segundo posto no agrupamento de Produção, com o piloto do Mitsubishi a saber lidar muito bem com as ‘armadilhas’ do começo do rali, que quase custavam uma saída de estrada definitiva ao seu grande rival, Ivo Nogueira.
O jovem piloto da Maia bem tentou discutir o segundo posto da categoria, mas não conseguiu ter a consistência de Miguel Barbosa, acabando por se resignar com a terceira posição da Produção, a mais de 25 segundos do seu adversário.
Na ‘guerra’ dos carros de duas rodas motrizes (CPR2) João Barros e o seu Renault Clio não tiveram rivais, mesmo quando a chuva e o piso escorregadio dificultaram a sua tarefa na parte inicial da prova. A diferença de mais de um minuto e 40 segundos para André Marques confirmaram isso mesmo.
Classificação final
1.º Bernardo Sousa/Hugo Magalhães (Ford Fiesta S2000) 54m24,7s
2.º Ricardo Moura/António Costa (Skoda Fabia S2000) + 11,0s
3.º Pedro Meireles/Mário Castro (Skoda Fabia S2000) + 11,2s
4.º Adruzilo Lopes/Vasco Ferreira (Subaru Impreza STi) + 11,5s
5.º Miguel J. Barbosa/Alberto Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX) + 2m20,8s
6.º Ivo Nogueira/Nuno R. Silva (Subaru Impreza STi) + 2m40,3s
7.º João Barros/Jorge Henriques (Renault Clio S1600) + 3m04,6s
8.º André Marques/Manuel Porém (Peugeot 206 S1600) + 4m45,2s
9.º Ricardo Marques/Paulo Marques (Citroën C2 R2) + 4m48,1s
10.º Paulo Neto/Vítor Hugo (Citroën DS3T) + 5m07,3s