O ex-diretor de grandes empresas da Caixa Geral de Depósitos (CGD) José Pedro Cabral dos Santos disse hoje no parlamento que o empresário Joe Berardo não teve um tratamento privilegiado no banco.
“Que eu conheça, a Metalgest e a Fundação José Berardo nunca tiveram qualquer tipo de privilégio de tratamento na Caixa, muito menos um tratamento à margem das regras”, disse o ex-diretor na sua intervenção inicial na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD, na Assembleia da República, em Lisboa.
No entanto, José Pedro Cabral dos Santos admitiu que, “dada a relevância dos problemas ligados às operações, obviamente que o cliente José Berardo teve sempre um tratamento de grande atenção, de grande cuidado, de grande especialização e de grande proximidade”.
O ex-diretor de grandes empresas da CGD referiu-se ainda a uma reunião de comissão de auditoria em que alegadamente teria comparecido “ofendidíssimo”, e que teria conduzido a reunião de uma forma “muito irritada”.
“Queria esclarecer o seguinte, eu lembro-me dessa reunião porque acho que foi a única para que fui convocado para uma comissão de auditoria”, disse, acrescentando que sempre valorizou “o trabalho de quem tem competências de auditoria” e que “seria estranho se numa reunião em que se tratavam assuntos tão graves e importantes (…) estivesse bem disposto e descontraído”.
A reunião em causa foi referida durante a audição do ex-presidente do conselho de auditoria da CGD Eduardo Paz Ferreira, em 03 de abril, em que contou um episódio de uma reunião em que perguntou a um ex-administrador executivo do banco, responsável por operações envolvendo Joe Berardo, se o empresário era “tratado na Caixa como qualquer outro cliente”.
“Não, isso eu não posso dizer”, terá respondido o ex-administrador.
Perante a relutância de Eduardo Paz Ferreira em nomear o administrador presente na reunião, a deputada do BE Mariana Mortágua afirmou tratar-se de José Pedro Cabral dos Santos, conforme consultado em ata.
Nessa reunião, sobre as operações que envolviam Joe Berardo, o administrador executivo começou por ficar “ofendidíssimo por ter sido convocado por uma comissão de auditoria”, tendo conduzido a reunião “de uma forma muito irritada, muito tensa”, de acordo com Eduardo Paz Ferreira.
Na sua intervenção inicial, José Pedro Cabral dos Santos pediu ainda “encarecidamente” que o relatório da EY não fosse tomado “como uma verdade absoluta, porque não é”.
De resto, o ex-diretor considerou “impossível” haver créditos na Caixa sem contrato, duvidou de que existam “operações em que não há parecer de risco” e disse que “a EY não viu com cuidado” toda a documentação.
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