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Bentley Flying Spur W12 ou como viajar em classe super executiva

Com um nome elequente, que nos transporta a voos de classe super executiva, o Bentley Flying Spur W12 faz jus ao seu nome.

Trata-se da nova limusina da marca de Crowe, que mantém todas as características estéticas da gama e os pergaminhos que fizeram do B com ‘asas’ uma casa inconfundível de herança britânica.

Sem perder nenhum DNA da marca, o Flying Spur pretende oferecer algo mais do que aqueles que a Bentley assume como seus rivais, como o Mercedes 6.3 AMG, os BMW 750 e 710 L V12 ou o Audi A8 L 6 litros.

E como não podia deixar de ser tudo neste automóvel é nobre, como pudemos recentemente constatar, mesmo que haja muita tecnologia a bordo e sob o capô esteja um exclusivo e performante motor de 12 cilindros em W.

Tudo neste Bentley é pensado no requinte, numa sumptuosidade algo discreta, se é que se pode rolar num automóvel destes sem dar um pouco nas vistas. Mas o propósito vai nesse sentido fazendo os ocupantes sentirem-se reis.

Ao entrarmos no habitáculo deste Flying Spur percebemos que estamos a bordo de um ‘salão’ com todas as mordomias, embora o estilo clássico do design que apela em todos os sentidos à imagem da marca, recorda que estamos num automóvel com toda a tecnologia do século XXI. Um pouco à imagem do exterior, onde o traço tradicional se mistura com detalhes modernos, basta olhar para as óticas LED Matrix das suas óticas, enquanto atrás as luzes mantêm o formato do B e os encaixes cromados mas são igualmente modernas.

O mesmo raciocínio é seguido para outros detalhes, como as jantes de baixo perfil de liga leve e alumínio de 21 polegadas à frente e de 23 atrás, a condizer com o friso cromado que acompanha toda a carroçaria, deste o pára-choques dianteiro ao traseiro, onde pontificam duas ponteiras de escape ovaladas, denunciando também que este Bentley também é desportivo.

No habitáculo o tabliê ocupa posição de destaque mas não é espalhafatoso. Um ‘display’ rotativo – que adota o formato de um prisma triangular – permite que ao toque de um botão deixemos de ter o ecrã de 12,3 polegadas que nos mostra, entre outras coisas, o mapa que serve o sistema GPS, para termos relógios analógicos debruados a alumínio tão característicos da Bentley.

Além do ‘Head-Up Display’, há um sistema de visão nocturna e todo o tipo de sensores e auxiliares de manobras, enquanto que para os restantes passageiros não falta um sistema de som Naim de 2.200 watts e 19 altifalantes (opcional) e um comando remoto que permite controlar a climatização, as funções de massagens, a iluminação ambiente e as cortinas das janelas.

Há um claro apelo ao estilo clássico, de que são exemplo os manípulos para os ventiladores, que fazem lembrar as válvulas de cilindros e que também são imagem de marca da casa de Crowe. Já na consola pontificam comandos circulares, que são a tendência atual nos segmentos ‘premium’.

No exemplar que experimentamos a cor da pele era negra, mas há uma palete de 15 opções à escolha, revestindo vários elementos do habitáculo para além dos bancos, que são ventilados, de ajuste elétricos e têm programação de massagens. O mesmo sucede com a pele que reveste o volante de três raios de desenho clássico mas incorpora todo o tipo de comandos necessários, desde as funções do ‘display’ à frente do condutor, como do sistema de infoentretenimento central.

O espaço atrás é generoso, como consequência do crescimento deste automóvel em relação ao seu antecessor, pois a distância entre eixos é maior em 13 centímetros. Isso traduz-se em mais na forma como os ocupantes viajam no banco traseiro, que beneficiam de um tablet amovível, onde se pode ter acesso a várias informações do modelo e configurar a climatização.

A atenção ao detalhe marca todo o interior deste Flying Spur, que estreia novas custuras e confere mais nobreza e toque britânico à zona das portas, num estilo inspirado no ‘concept’ EXP 10 Speed 6.

Esta limusina da Bentley partilha a mesma plataforma do Porsche Panamera (MSB), pelo que a ideia é que também permite usufruir melhor das performances do W12 TSi que ‘habita’ sob o capô. Um motor volumoso que ocupa todo espaço que lhe é destinado e que anuncia uns tremendos 635 cv de potência.

Logicamente que há mais de duas toneladas para deslocar – 2437 kg para sermos mais precisos –, e este Flying Spur bem precisa da potência oferecida pelo propulsor que o anima para ter toda a genica que esperamos dele. E percebemos bem cedo que nos poderia levar aos 100 km/h em menos de quatro segundos.

A potência é enviada às quatro rodas através de uma caixa automática ZF de dupla embraiagem e oito velocidades, muito precisa e suave, como se pede a um automóvel desta natureza. Isto apesar deste Bentley mais parecer um modelo de tração traseira. O que se explica pelo facto do facto da força (até um binário de 480 Nm) ser enviado ao eixo dianteiro sempre que tal se justifique.

Uma desenvoltura que se consegue com toda a segurança e conforto, já que para além de servido pelo controlo de estabilidade Dynamic Ride – o primeiro elétrico de 48 v do Mundo –, este Bentley possui uma suspensão pneumática. E isso percebe-se quando se viaja nele, seja ao volante, seja no banco de trás.

A manobrabilidade do Flying Spur é ainda incrementada pelo facto das quatro rodas serem direcionais, que pela primeira vez é introduzida num Bentley e que permitem um grau de brecagem sem precedentes no segmento. Tudo para melhorar o desempenho em estrada, como foi o caso da suspensão, que permite afinação caso que pretenda rolar num ritmo mais desportivo ou mais confortável.

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