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Benfica nega tudo e faz duras críticas à justiça

O Benfica já reagiu à notícia que está a marcar a atualidade informativa, nesta segunda-feira, e que dá conta de que a SAD encarnada foi constituída arguida no caso E-Toupeira. Em comunicado, a SAD benfiquista nega as alegadas ilegalidades e deixa duras críticas à justiça, salientando tratar-se de um “desastre processual” que era “antevisível pois do nada não se consegue extrair senão nada”.

“Reafirmamos perante todos os milhões de sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica a nossa total convicção de que no fim a Lei prevalecerá e será provado que nenhum elemento da Administração da SAD do Sport Lisboa e Benfica teve qualquer tipo de contacto ou conhecimento sobre os factos imputados neste processo”, explica o clube da Luz.

Em comunicado, o Benfica queixa-se de ser a “vítima” e sublinha que colocar a SAD como arguida deriva de “gravíssimas ilegalidades”.

“Se alguém tem sido vítima, trata-se precisamente do Benfica. Vítima de violação sistemática do segredo de justiça e de arbitrariedade de decisões que merecem da nossa parte o mais forte repúdio e resposta compatível nas instâncias legais.”

O Benfica sustenta que se verifica uma “ausência absoluta de factos, circunstâncias e provas que incriminem” a sua SAD.

Na nota assinada, nesta segunda-feira, pelo Conselho de Administração da SAD benfiquista, o emblema encarnado faz saber ainda que “inexistem nos Autos quaisquer factos, circunstâncias e provas que fixem qualquer conexão entre os factos imputados aos funcionários judiciais e a SAD encarnada”.

Além disso, o Benfica nega qualquer “conexão entre o Paulo Gonçalves e o Conselho de Administração da SAD do SLB no que à matéria do presente inquérito diz respeito”, referindo ainda que “inexistem” ligações com arguidos e advogados neste processo e a SAD da Luz.

Perante isto, o Benfica deixa críticas ao Magistrado titular deste processo, que volta ao topo da atualidade das notícias nesta segunda-feira.

“Ficou assim totalmente provado que o inquérito, repete-se, mostra-se absolutamente omisso quanto a factos, quanto a circunstâncias de tempo, lugar e modo e, o que se mostra gravíssimo, quanto a provas que visem suportar a arquitetura do titular do inquérito para justificar a determinação de constituição de arguida à Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD.”

Na nota, o Benfica explica que os seus administradores tiveram conhecimento do caso pelas notícias, salientando-se o Jornal de Notícias.

“O que todos receberam – e beneficiaram dessas notícias – foram as informações obtidas pelos órgãos da comunicação social, todas em segredo de justiça com especial destaque para o Jornal de Notícias (este promovido a porta-voz dos Processos que correm na Comarca do Porto)”.

Benfica queixa-se de “perseguição”

Na nota tornada pública, o Benfica lamenta que “todas as participações criminais” que realizou “acham-se paralisadas e silenciadas”.

No entanto, “as que visam a perseguição do Benfica são reiteradamente publicitadas apesar de se acharem em segredo de justiça, sem que daí decorram quaisquer consequências para os agentes dos crimes”.

Perante isto, o Benfica nota uma “dualidade” que “tem sido dada nota à Procuradora-Geral da República”.

O Benfica vai mais longe e revela que neste caso E-Toupeira ao ser a sua SAD constituída arguida trata-se de uma “afronta à Constituição, à Lei e aos deveres funcionais do Procurador”.

Daí que o Benfica tenha feito um “pedido de incidente de suspeição sobre o Magistrado titular do inquérito com base em diversa matéria de facto e de direito”.

Em causa, de acordo com o entendimento do Benfica está o facto de ter promovido “a constituição da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD como arguida sem se munir de factos, circunstâncias de tempo, lugar e modo, nem de provas para atingir tal desiderato”.

O Magistrado “desrespeita a lei processual penal e adota uma conduta violadora da Lei Fundamental” e, por isso, o Benfica pede o seu afastamento do processo.

O caso E-Toupeira averigua, de acordo com o que a Polícia Judiciária explicou sobre esta investigação, o alegado pagamentos a funcionários judiciais para obtenção de informações de processos que corriam na justiça.

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