O Benfica goleou o Gil Vicente por 5-0, em partida disputada no Estádio Cidade de Barcelos, a contar para a 31.ª jornada da I Liga. Com este triunfo, os encarnados ficam a duas vitórias do título, na pior das hipóteses.

No Minho, os campeões nacionais conseguiram um triunfo mais simples do que a teoria fazia prever. A equipa de José Mota estava moralizada com o triunfo em Coimbra e motivada para conseguir dar um passo rumo à manutenção.

Só que a teoria foi desmentida pela prática. E prática foi a jogada que deu origem ao primeiro golo encarnado, numa bela troca de bola ofensiva, que envolveu a surpresa Sulejmani (o sérvio foi escalado para o onze de Jorge Jesus.

O técnico celebrou de forma efusiva este golo e pressentiu que o triunfo não escaparia. O reincidente Jonas voltou a dizer ‘presente’, com a sua habitual eficácia, e deu maior expressão aos números da vantagem benfiquista.

Gaitán era a grande figura da equipa, num coletivo que deixava o Gil Vicente sem capacidade de resposta. Só que, com o 2-0, a turma encarnada tirou o pé do acelerador e os minhotos cresceram.

A formação de José Mota esteve perto de reduzir a desvantagem, por mais do que uma vez, mas faltou a eficácia que sobrara ao adversário.

O jogo tornou-se muito faltoso e perdeu beleza com a lesão do argentino, que espalhara magia no terreno. Fejsa foi chamado à equipa e o Benfica ganhou equilíbrio, para disfarçar a perda de Gaitán.

A missão do Benfica era segurar o 2-0 até ao intervalo, o que sucedeu.

Com o regresso para a segunda parte, veio o terceiro golo, marcado por Luisão, o central dos momentos decisivos. O brasileiro aumentou para 3-0 e o conjunto de Barcelos sentiu que nada poderia fazer para evitar a derrota.

A partir daqui, o coletivo campeão manteve o ritmo e foi avolumando o resultado, até um 5-0 final (golos de Lima e Maxi, com o uruguaio a bisar) que representa o número perfeito para um futebol de mão cheia.

Faltam seis pontos para o bicampeonato e sobram razões para que os adeptos acreditem nesse desígnio.

Em teoria, e perante um eventual desaire do FC Porto, o Benfica pode ser campeão na próxima jornada. São contas de um título que parece preso por detalhes.

Uma palavra para João Capela. O árbitro de quem tanto se falou esteve à altura do jogo.