Beber café faz bem à saúde e até pode aumentar a longevidade

Dois estudos científicos trouxeram um resultado que agrada a quem não dispensa o café. A bebida faz bem à saúde, diminuindo o risco de doenças circulatórias e gastrointestinais, e até foi associada a um aumento da longevidade.

Ao longo de 16 anos, os investigadores da Agência Internacional de Pesquisa em Cancro e o Imperial College de Londres analisaram os dados de mais de 500 mil pessoas, com idades acima dos 35 anos e oriundas de dez países europeus, segundo as informações recolhidas pela Pesquisa Europeia Prospetiva sobre Cancro e Nutrição.

Independentemente dos hábitos de consumo, beber café faz bem à saúde. Os resultados demonstraram vários benefícios, como o risco da mortalidade provocada por doenças circulatórias e gastrointestinais.

Resultados que foram reforçados por uma outra investigação, realizada pela Universidade do Sul da Califórnia (EUA) e que envolveu quatro grupos étnicos (brancos, afro-americanos, sino-americanos e latinos). Qualquer que fosse o estilo de vida, o consumo regular de café trouxe benefícios à saúde.

De acordo com os dois estudos, ambos divulgados hoje pela Annals of Internal Medicine, beber uma chávena de café por dia reduz em 12 por cento a propensão de morte (em várias condições, como cancro, problemas cardíacos, diabetes ou doença respiratória) face a quem não consome esta bebida.

Os que consomem duas a três chávenas por dia vêm o mesmo risco cair cerca de 18 por cento.

Por ter substâncias antioxidantes, o café apresenta ainda “um efeito protetor” sobre o fígado, embora os cientistas ainda não saibam como funciona esse mecanismo.

Os indicadores são positivos, mas os investigadores alertam que não há motivo para desatar a beber café como se não houvesse amanhã.

“Devido às limitações da pesquisa observacional, não estamos no estágio de recomendar que as pessoas bebam mais ou menos café. O que os resultados indicam é que um consumo moderado e regular não prejudica a saúde, até pode trazer benefícios”, sustentou Marc Gunter, da Agência Internacional de Pesquisa em Cancro.

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