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Bebé recebe parte do pulmão da mãe numa cirurgia pioneira

cirurgia japao Uma cirurgia pioneira, feita no hospital de Okayama, no Japão, permitiu transplantar parte de um pulmão de uma mulher no próprio bebé, de 2 anos de idade. Nunca uma cirurgia do género fora tentada num paciente tão pequeno e recorrendo a um dador vivo. O bebé, que sofria de uma pneumonia aguda, com dificuldades respiratórias agravadas, está bem. Tal como a sua mãe. “Este é um raio de esperança para crianças que necessitem de transplantes de pulmão”, diz o cirurgião Takahiro Oto.

Pela primeira vez, foi feito o transplante de uma parte de um pulmão num bebé, com um dador vivo, numa história onde a ciência se socorreu do amor de uma mãe para com o seu filho.

A intervenção cirúrgica foi realizada no hospital universitário de Okayama, no Japão. E resultou de uma pneumonia aguda de que o bebé padecia.

Sem capacidade de absorver a quantidade de oxigénio necessária para garantir a sua sobrevivência, a criança enfrentava outro problema: a dificuldade em encontrar um dador com um pulmão de dimensão reduzida.

De acordo com a imprensa nipónica, a solução encontrada pelos médicos passaria, impreterivelmente, pela transplantação dos dois pulmões, o que seria inédito num bebé de 2 anos, com um dador vivo.

E porque os cirurgiões do hospital de Okayama não conseguiam encontrar um pulmão com a dimensão certa, optaram por transplantar parte do órgão de um adulto.

Restava superar outra dificuldade: encontrar um dador compatível. Esse problema acabou por se resolver de forma mais simples, graças à mãe do bebé.

Assim, dividiram o lóbulo médio do pulmão da mulher em duas partes, criando o volume certo para que o transplante fosse bem sucedido.

Esta operação agora tornada pública foi realizada no último dia de agosto.

Entretanto, o bebé reagiu bem à cirurgia e está a recuperar da pioneira intervenção cirúrgica.

Takahiro Oto, cirurgião que liderou a equipa, revela, em declarações ao canal de televisão NHK, que esta operação representa “um raio de esperança para crianças que necessitem de transplantes de pulmão”.

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