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Bashar al-Assad declara que ataque químico na Síria foi “100% inventado”

Bashar al-Assad, o Presidente sírio, declarou que o ataque químico, que ocorreu na semana passada e que matou mais de 80 pessoas, na província de Idlib, foi “100 por cento inventado”.

O Presidente, em entrevista à AFP, acrescentou que a Síria não possui armas químicas desde 2013, uma vez que “todo o arsenal foi entregue”. Bashar al-Assad reforça que, se o país tivesse tal arsenal, “nunca teríamos usado”.

Na semana passada, a localidade de Khan Cheikhun, no noroeste da Síria, foi atacada com gás sarin, provocando a morte de mais de 80 pessoas. Apesar do Governo sírio ter admitido que fez um bombardeamento na localidade, sob controlo dos rebeldes, o mesmo nega ter utilizado armas químicas.

Na sequência deste bombardeamento, os EUA atacaram a base aérea de Shayrat, de onde alegadamente partiram os aviões do exército sírio que perpetraram o ataque. O Presidente norte-americano fez questão de esclarecer que este ataque foi uma resposta ao alegado ataque químico do regime de Assad.

No entanto, a Rússia, aliada da Síria, já tinha declarado uma opinião acerca do assunto que vai de encontro com a do Presidente sírio. Vladimir Putin afirmou que o ataque dos EUA foi “uma agressão” com um “pretexto inventado”.

A Rússia e o regime de Assad alegam que a força aérea síria bombardeou um depósito de armas químicas da Frente Al-Nosra, que teria resultado na libertação do gás sarin, o responsável pelas dezenas de mortes. Segundo os dois Governos, as armas químicas seriam dos rebeldes sírios.

Contudo, Hamish de Bretton Gordon, ex-comandante do regime britânico e perito em armas biológicas, químicas, radiológicas e nucleares, vem desmentir a versão contada. Segundo o perito, “se explodires sarin ele destrói-se”, pelo que a justificação da Rússia e de Assad poderá ser “completamente insustentável e falsa”.

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