Motociclismo

Barry Baltuus brilha no FIM CEV no Estoril

A prova de abertura do FIM CEV no Circuito do Estoril foi abrilhantada pela estreia a vencer na categoria de Moto3, numa jornada ainda marcada pelos êxitos de Niki Tuuli e Alessandro Zaccone em Moto 2.

Do programa fez parte também a prova de abertura da European Talent Cup, onde Ivan Ortola se impôs nas duas corridas do programa, onde Kiko Maria demonstrou uma grande evolução.

Quinto na grelha de partida, Barry Baltus enfrentou a poderosa armada espanhola que corre no Mundial Junior Moto 3 e bateu a concorrência. Com o piso molhado, o piloto belga que corre com as cores do Sama Angel Nieto não se fez rogado e assumiu o primeiro posto logo na segunda volta. A partir daí, e mesmo perante a forte pressão dos adversários, nunca mais deixou a liderança.

Nos derradeiros lugares do pódio ficaram dois espanhóis. Xavier Artigas foi quem mais réplica deu a Barry Baltus, mas no final ficou a quase dois segundos de diferença. A celebrar como se tivesse vencido a corrida terminou José Julian Garcia.

Em Moto 2 Niki Tuuli foi o mais frio e calculista dos pilotos que andaram nos lugares da frente na primeira corrida desta categoria. O finlandês saiu de segundo e começou por seguir Edgar Pons, o autor da época e campeão nesta categoria em 2015.  Posteriormente, secundou Yari Montella.

Foi atrás do italiano que Tuuli fez quase toda a primeira corrida. Mas quando o piloto do Team Ciatti ficou pelo caminho – depois de cair primeira na Curva Vip e pouco depois na Curva 7 – o finlandês da Stylobike passou para a frente e venceu a contenda que marcou o início do campeonato em 2019. Pons ficou em segundo, enquanto Ramdan Rosli fechou o pódio.

Na segunda corrida o vencedor empreendeu uma recuperação impressionante. Saiu do oitavo lugar e acabou em primeiro. O responsável pelo feito foi Alessandro Zaccone. Logo na primeira volta conseguiu ultrapassar três adversários. Passou de oitavo para quinto. A partir daí o italiano continuou a olhar para a frente. Saltou para segundo.

Zaccone desceu para terceiro mas não desistiu. Continuou a tentar até chegar ao comando. Depois começou a gerir e deixou o vencedor da primeira corrida, Niki Tuuli, em segundo. Edgar Pons voltou ao pódio. Depois de ter sido segundo, desta vez concluiu em terceiro aproveitando o mau ritmo final de Hector Garzó que esteve na luta com Zaccone mas um erro na travagem para a Parabólica Interior levou-o a perder ritmo, tal como aconteceu a Niki Tuuli que mesmo depois de andar na gravilha na mesma curva ainda chegou ao posto intermédio de pódio.

A primeira corrida do European Talent Cup foi imprópria para cardíacos. A luta pela vitória durou até à linha de meta. José Antonio Rueda, autor da ‘pole’ foi forçado a arrancar na derradeira posição da grelha depois de ter visto o motor da sua moto ‘calar-se’. Após se ter apagado o semáforo vermelho cedo Ivan Ortolá assumiu o comando.

Mas se a vitória parecia fácil, Fenton Seabright contrariou a tendência. Apanhou o rival e os dois protagonizaram uma intensa discussão pelo triunfo. Fizeram-no até à linha de meta e acabaram mesmo por se tocar na recta. Ortolá saiu imune e venceu, enquanto Seabright segurou o segundo posto, no chão, elizmente sem que nenhum adversário lhe tocasse alertados pela rápida reacção dos comissários que no muro das boxes mostraram uma série de bandeiras amarelas.

No derradeiro confronto, Ivan Ortolá mostrou quem mandou no Estoril e voltou a vencer. Mas, desta fez, foi por uma ‘unha negra’. Os seus compatriotas, Marcos Ruda e David Alonso, também estiveram muito fortes e concluíram esta prova no segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Em destaque

Subir