Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, enviou uma missiva a Passos Coelho, onde solicita ao primeiro-ministro “medidas específicas e inscritas no orçamento”, que permitam a “criação de emprego e formação” da população jovem. Este recado surge em vésperas de uma ação de fiscalização a Portugal, por parte do órgão que Barroso lidera.

Na ação de fiscalização que a Comissão Europeia vai realizar durante o mês de fevereiro, em Portugal, serão exigidas medidas concretas do executivo de Passos Coelho. E através de uma carta enviada ao primeiro-ministro, Durão Barroso deixou antever o que Bruxelas espera do Governo português.

A questão principal prende-se com a criação de emprego, sobretudo para a população jovem. No entanto, a Comissão Europeia, segundo a carta enviada por Durão Barroso, quer que Passos Coelho consiga consenso, envolvendo os parceiros sociais, na adoção de um plano de crescimento e emprego.

O primeiro-ministro é convidado a “redobrar esforços”, com a finalidade “combater o desemprego da população jovem”. Durão Barroso pretende que sejam visíveis “progressos concretos”, já em abril.

As pequenas e médias empresas devem ser apoiadas, cabendo ao Governo de Passos Coelho “acelerar mecanismos” de transferências de verbas provenientes da União Europeia.

O presidente da Comissão Europeia solicita ao chefe de Governo que proceda à nomeação de um elemento do seu gabinete, para fazer parte de grupos de trabalho de combate ao desemprego.

Mas não é apenas o Governo que tem de estar envolvido nesta luta. As “autoridades nacionais competentes”, que trabalhem nas áreas do trabalho e da Educação, e os “parceiros sociais” terão de participar no projeto.

Técnicos da Comissão Europeia vão visitar Lisboa, durante dois dias, para averiguar como está este plano e esperam ver o que Durão Barroso solicitou a Passos Coelho: medidas concretas, no que diz respeito a políticas de emprego e formação.