As barbatanas de tubarão não podem ser cortadas no mar regido por legislação comunitária. Por uma maioria expressiva, o Parlamento Europeu corrigiu a lei e proíbe o ‘finning’, prática de separação das barbatanas e devolução do corpo mutilado ao mar.
O Parlamento Europeu decidiu: com 566 a favor e 47 contra, o ‘finning’ passa a ser proibido, protegendo os tubarões no mar comunitário. A prática de ‘finning’ consiste em cortar as barbatanas logo após a captura do animal, devolvendo o corpo mutilado ao mar, onde morre por afogamento (sem barbanatas não pode movimentar-se).
Até ontem, a legislação comunitária obrigava a que os tubarões capturados (exceto se de espécies protegidas) fossem descarregados nos portos, mas era omissa quanto às barbatanas. Por recomendação da Comissão Europeia, o Parlamento aprovou uma ‘emenda’ legal, proibindo o corte das barbatanas.
“A votação do Parlamento Europeu representa a maior conquista alcançada pelo esforço global em se acabar com o ‘finning’, a prática de desperdício dos tubarões”, elogiou Sandrine Polti, conselheira da União Europeia e ativista da Shark Alliance, uma associação internacional para a conservação dos tubarões.