Economia

Bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank abandonam tentativa de fusão

Os bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank decidiram hoje abandonar as negociações para a fusão, lançadas em meados de março para criar um gigante bancário alemão, anunciaram hoje os dois grupos.

“Após uma análise meticulosa”, esta fusão “não iria criar ganhos suficientes para compensar os riscos, os custos de reestruturação e os requisitos de capital necessários para tal integração”, consideraram os dois maiores bancos alemães.

Para ambos, esta fusão “não interessaria aos acionistas das duas empresas nem a outros grupos de interessados”.

As discussões para a fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank foram encorajadas pelo Estado alemão, que detém 15 por cento do Commerzbank desde o resgate na crise financeira, que queria reforçar o setor bancário, criar um grande grupo que apoie a nova política industrial do país e evitar que um dos bancos fosse adquirido por uma instituição estrangeira.

A imprensa tem falado que o italiano Unicredit e o holandês ING, dois gigantes bancários fortemente estabelecidos na Alemanha, são potenciais compradores do Commerzbank.

A fragilidade do Deutsche Bank tem sido muito falada nos últimos tempos. Em 2018, o banco voltou aos lucros após três anos de prejuízos, mas persistem vários problemas de sustentabilidade e legais, o que é muito sensível devido aos riscos sistémicos que este banco pode potenciar.

A fusão eventual – hoje abandonada – iria dar origem, segundo estimativas de março da agência financeira Bloomberg, ao terceiro maior banco da Europa, depois do HSBC e do BNP Paribas, com cerca de 1,8 mil milhões de euros em ativos, um valor de mercado de cerca de 25 mil milhões de euros e 140 mil funcionários.

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