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Banco Standard revê em baixa o crescimento de Moçambique para 2,7 por cento

O Banco Standard reviu hoje em baixa a previsão de crescimento económico de Moçambique, antecipando agora uma expansão de 2,7 por cento este ano e de 3,5 por cento no próximo ano por causa dos furacões que atingiram o país.

“Os ciclones tropicais Idai e Kenneth causaram perdas humanas, danos nas infraestruturas e perturbações na produção, levando a uma revisão em baixa das nossas previsões de crescimento do PIB para os 2,7 por cento este ano, o que representa mais uma descida face aos 3,7 por cento previstos no início do ano e aos 2,5 por cento previstos em março”, lê-se no relatório de junho sobre os Mercados Africanos.

O documento, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, alerta que a previsão de crescimento para o próximo ano também foi reduzida, de 3,9 por cento para 3,5 por cento do PIB, e vinca que “o rendimento disponível vai continuar pressionado, limitando a contribuição do consumo privado para o crescimento do PIB”.

No relatório, os analistas liderados pelo economista chefe do banco em Moçambique, Fáusio Mussá, escrevem que “apesar das melhorias na disciplina orçamental nos últimos anos, as pressões orçamentais continuam a caracterizar a economia, mais do que o início dos investimentos e das exportações de gás natural liquefeito”.

Sobre a questão da renegociação do pagamento da dívida pública, o Standard Bank escreve que estas obrigações “vão continuar a limitar a capacidade do Governo para fazer despesa pública” e alertam que, “a curto prazo, o risco de uma pausa na consolidação orçamental aumentou”.

Os dois ciclones que assolaram o país “deverão aumentar a despesa pública e limitar a tributação fiscal nas áreas afetadas, a que se junta o facto de haver eleições em outubro, o que traz mais obrigações do lado da despesa”, sublinha o departamento de pesquisa económica do Banco Standard.

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