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Banco Standard revê em baixa crescimento de Angola e prevê recessão de 0,7% este ano

O Banco Standard reviu em baixa a previsão de crescimento económico para Angola, antecipando que o país tenha uma nova recessão económica este ano, desta vez de 0,7 por cento, e só volte ao crescimento em 2020.

“O Governo de Angola reviu o Orçamento para este ano para refletir um declínio nos preços do petróleo para este ano, e antecipam que a economia saia da recessão, com um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,3 por cento, face aos 2,8 por cento anteriormente previstos, mas nós, no entanto, vemos economia ainda em recessão este ano, com uma contração de 0,7 por cento, e uma produção estimada de 1,43 milhões de barris por dia”, lê-se na análise de junho aos principais mercados africanos.

De acordo com o documento feito pelo departamento de pesquisa económica do Standard Bank, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, “a procura interna agregada deve continuar em baixo”, com um diminuto rendimento disponível das famílias, cortes na despesa pública real e baixo investimento do Estado.

A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística angolano relativamente ao crescimento económico do país no ano passado apontava para mais uma recessão, de 1,7 por cento em 2018, motivada pelo recuo de 9,5 por cento na economia petrolífera e um avanço de 2,7 por cento nos restantes setores.

A continuação de uma produção petrolífera baixa pelos padrões históricos e a manutenção de um preço do petróleo relativamente diminuto face aos valores históricos levaram o Executivo de Luanda a rever o Orçamento para este ano, colocando o preço de referência de petróleo nos 55 dólares, em vez de 68.

“A forte dependência das exportações de petróleo, que valem 96 por cento do total, continua a ser uma preocupação, e daí a importância do atual programa do FMI em termos de auxílio ao Governo com as reformas económicas”, até porque, continua o Standard Bank, as autoridades angolanas já admitiram que “sem os necessários investimentos na capacidade produtiva, a produção pode cair para 1,06 milhões de barris por dia em 2023”.

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