Economia

Banco Mundial aumenta financiamento de resposta à Covid-19 para 14 mil milhões de dólares

O Banco Mundial aumentou para 14 mil milhões de dólares o fundo disponível para ajudar de forma rápida os sistemas de saúde dos países e as empresas a lidarem com a pandemia de covid-19.

“O Banco Mundial e o conselho de administração da Corporação Financeira Internacional (CFI) aprovaram o aumento para 14 mil milhões de dólares [13,1 mil milhões de euros] em financiamento rápido para ajudar as empresas e os países nos seus esforços para prevenir, detetar e responder à rápida propagação da covid-19”, lê-se num comunicado distribuído em Washington.

“O pacote vai fortalecer os sistemas nacionais para a preparação para a crise de saúde pública, incluindo a contenção da doença, o diagnóstico, o tratamento e o apoio ao setor privado”, acrescenta-se no texto.

A CFI, o membro do Grupo Banco Mundial para o setor privado, “vai aumentar o financiamento disponível para 8 mil milhões de dólares [7,5 mil milhões de euros] enquanto parte do pacote de 14 mil milhões, aumentando face aos 6 mil milhões de dólares [5,6 mil milhões de euros] anteriores, para apoiar as empresas privadas e os seus empregados afetados pela crise económica motivada pela propagação da covid-19”, segundo o comunicado.

“É essencial que encurtemos o tempo até à recuperação; este pacote fornece apoio urgente aos negócios e aos seus trabalhadores para reduzirem o impacto económico e financeiro da propagação da covid-19”, escreveu o presidente do Banco Mundial, David Malpass, citado no comunicado.

As verbas anunciadas “vão ajudar a dar uma linha de salvação para as micro, pequenas e médias empresas, que são mais vulneráveis aos choques económicas”, conclui a instituição multilateral financeira.

Este apoio junta-se a outros já anunciados por instituições, bancos centrais e governos um pouco por todo o mundo, num valor que já ultrapassa os seis biliões de euros.

Entre as medidas anunciadas está o pacote de aumento da liquidez dos mercados financeiros aprovado pela Reserva Federal e o Tesouro dos Estados unidos, no valor de 1,1 biliões de euros, a que se junta os mais de 925 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional, os 750 mil milhões de euros do Banco Central Europeu em compra de títulos de dívida pública e privada e a mobilização de investimentos no valor de 37.000 milhões de euros pela Comissão Europeia para atenuar a epidemia e permitir aos países utilizarem os 8.000 milhões de euros recebidos por fundos estruturais que não utilizaram e que agora teriam que devolver.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.

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