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Banco Mundial abre escritório em Cabo Verde e espera aprofundar parceria com o país

O diretor do Banco Mundial para Cabo Verde, Nathan Belete, disse hoje esperar o aprofundamento e fortalecimento da parceria com o Governo cabo-verdiano, setor privado e sociedade civil, após a abertura dos seus escritórios na cidade da Praia.

Cabo Verde aderiu ao Banco Mundial em novembro de 1978 e as operações no país foram sempre supervisionadas pela sede da instituição em Washington, nos Estados Unidos da América, e através do escritório regional em Dakar, Senegal.

“Mas essa situação não tem sido o ideal, pois não permite a contínua interação e uma monitorização eficiente entre o Governo e as equipas do Banco Mundial numa base contínua”, referiu Nathan Belete.

Desde hoje, a instituição passa a contar com um escritório em Cabo Verde, no edifício da Organização das Nações Unidas (ONU) em Achada Santo António, o bairro mais populoso da cidade da Praia, ilha de Santiago.

Nathan Belete sublinhou que não é comum o Banco Mundial abrir novos escritórios, mas salientou que o de Cabo Verde é sinal de compromisso e uma oportunidade para ampliar as “excelentes relações” com o país.

Por isso, a partir de agora, o diretor do Banco Mundial para Cabo Verde espera aprofundar e fortalecer a parceria com Cabo Verde, não só com o Governo, mas também com todas as partes interessadas, nomeadamente o setor privado e as organizações da sociedade civil.

A cerimónia foi presidida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, que destacou o simbolismo da inauguração e entendeu que, mais do que o aspeto físico, é uma “relação de muita confiança” entre as partes e que o escritório “dignifica” o país.

Para o chefe do executivo, Cabo Verde vai ter agora uma relação de “maior proximidade” com o Banco Mundial, que passará também a ter maior conhecimento da realidade do país e terá maior comprometimento com o Governo e com as organizações da sociedade civil, as empresas e as instituições.

“Para nós é um sinal muito forte de que estamos juntos e cada vez mais fortes”, salientou Correia e Silva, dizendo que o Governo está satisfeito com a parceria de várias décadas com o Banco Mundial.

“O nosso crescimento económico e o nosso desenvolvimento deve-se muito a esta boa relação de parceria com o Banco Mundial e com outras instituições internacionais, e com os nossos parceiros de referência”, referiu.

Com essa “proximidade” e presença permanente, o primeiro-ministro disse que haverá maior possibilidade de o país conseguir ter mais pacotes de apoio do Banco Mundial.

Atualmente, o Banco Mundial tem um portefólio de projetos em Cabo Verde composto por oito projetos, num montante global de 156 milhões de dólares (141 milhões de euros), concentrados essencialmente no setor dos transportes, desenvolvimento humano, competitividade, finanças e governança.

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