Uma auditoria interna ao banco do Vaticano, cujo nome oficial é Instituto para as Obras da Religião, comprovou um aumento das operações financeiras suspeitas. A Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé encerrou cerca de 5000 contas que seriam usadas para fins ilícitos.
Os números referentes à atividade de 2015 foram apresentados por Tommaso di Ruzza, o diretor da AIF (a entidade que fiscaliza os movimentos financeiros), que frisou a adoção de “uma linha muito estrita face a todas as contas que não respeitavam” a legislação fiscal e financeira do país.
Ao longo do ano passado, o número de operações financeiras consideradas suspeitas foi quase quatro vezes superior às identificadas em 2014: de 147 para 544 casos.
Só nos três últimos anos, o sistema de vigilância do banco do Vaticano emitiu 893 avisos de atividades suspeitas.
Este “reforço do sistema de sinalização” foi elogiado por Tommaso di Ruzza: “2015 representou um ponto de viragem na atividade da Autoridade de Informação Financeira e, com isto, um pouco na atividade da Santa Sé, que se dotou nos últimos anos de um sistema de prevenção e combate dos ilícitos financeiros”.
A AIF, criada no final de 2011 pelo papa Bento XVI, tem a missão de definir “as normas em matéria de transparência, vigilância e informação financeira” para evitar os movimentos financeiros com fins ilícitos, como branqueamento de capitais ou financiamento do terrorismo.
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