Economia

Banco de Portugal mantém previsão de crescimento de 2,3 por cento do PIB em 2018

O Banco de Portugal (BdP) mantém a previsão de crescimento da economia portuguesa em 2,3 por cento este ano, mas reviu em baixa a evolução do aumento das exportações e investimento e em alta o consumo privado.

Relativamente ao consumo privado, segundo o Boletim Económico de outubro hoje divulgado, a instituição reviu em alta as projeções de junho (2,2 por cento), passando agora a estimar 2,4 por cento.

“As projeções do Banco de Portugal para o crescimento da atividade económica coincidem com as publicadas no Boletim Económico de junho, com alterações na evolução das componentes: o crescimento das exportações e o crescimento da formação bruta de capital fixo são revistos em baixa; em contrapartida, o aumento do consumo privado deverá ser superior ao antecipado em junho”, refere o BdP.

“Num contexto de abrandamento da procura externa dirigida à economia portuguesa, estima-se que as exportações de bens e serviços cresçam 5,0 por cento em 2018 [menos 0,5 pontos percentuais do que o projetado em junho], depois de terem aumentado 7,8 por cento em 2017”, prossegue o Banco de Portugal.

“São esperados novos ganhos de quota de mercado das exportações portuguesas, ainda que inferiores aos observados em 2017 e concentrados em setores como o turismo e os automóveis”, adianta.

A formação bruta de capital fixo (investimento) “deverá crescer 3,9 por cento”, ou seja, menos 1,9 pontos percentuais face ao previsto no Boletim Económico (BE) de junho, “representando um abrandamento de 5,3 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Prevê-se que esta evolução seja transversal às várias componentes”.

O consumo privado, que subiu 2,3 por cento no ano passado, deverá crescer 2,4 por cento este ano, uma subida de 0,2 pontos percentuais face ao previsto no Boletim Económico anterior, “refletindo um forte aumento do rendimento disponível real associado ao dinamismo da criação de emprego e à recuperação dos salários reais”.

O Banco de Portugal adianta que “a taxa de poupança dos particulares deverá permanecer em níveis historicamente baixos”.

A economia portuguesa, no conjunto do ano, “deverá apresentar uma capacidade de financiamento, medida pelo excedente da balança corrente e de capital, equivalente a 1,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), idêntica à verificada no ano anterior, mas inferior em 0,4 pontos percentuais” à prevista em junho.

As projeções do BdP apontam que este ano as condições no mercado de trabalho continuem a melhorar.

“Estima-se que o emprego aumente 2,3 por cento no conjunto do ano, menos 1,0 pontos percentuais do que no ano anterior”, refere o BdP, que prevê que a taxa de desemprego deverá continuar a baixar, atingindo 7 por cento em 2018.

“Os salários deverão acelerar no conjunto do ano, nomeadamente em resultado da redução da taxa de desemprego, do aumento do salário mínimo nacional e do descongelamento gradual das progressões salariais na administração pública”.

O BdP mantém a projeção de 1,4 por cento da inflação para este ano.

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