Economia

Banco de Portugal avalia auditoria para decidir aplicação de contraordenações

O governador do Banco de Portugal disse hoje que a instituição está a avaliar a auditoria da EY à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para verificar se há motivos para aplicar contraordenações a gestores.

“Atentas as conclusões da auditoria da Ernst & Young, o Banco de Portugal está a atuar em duas vertentes, por um lado, avaliando a existência de indícios de condutas suscetíveis de configurar ilícitos de natureza contraordenacional”, afirmou Carlos Costa na intervenção inicial na audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, na Assembleia da República, em Lisboa.

Em segundo lugar, o regulador e supervisor bancário está a usar a informação dessa auditoria para avaliar as condições que gestores bancários têm “para o exercício de funções em órgãos de administração ou fiscalização”, acrescentou.

O governador do Banco de Portugal está hoje a ser ouvido na comissão de inquérito à gestão da CGD, no âmbito da auditoria feita pela EY à gestão do banco público entre 2000 e 2015.

Carlos Costa foi administrador do banco público entre abril de 2004 e setembro de 2006, com o pelouro de ‘marketing’ e área internacional.

Na audição a Carlos Costa, estará na mira da comissão de inquérito a participação do governador em reuniões do Conselho Alargado de Crédito em que foram analisados créditos que acarretaram grandes perdas para o banco público.

Quando isto foi conhecido, em fevereiro, o governador informou que desde novembro de 2018 pediu escusa para não participar nas decisões do Banco de Portugal decorrentes das conclusões da auditoria.

Já em entrevista à SIC, Carlos Costa disse que participou em decisões de princípio sobre empréstimos e não em aprovações de créditos.

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