Mundo

Banco da CGD em Cabo Verde triplicou os lucros em 2018

O lucro do Interatlântico, um dos dois bancos que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) detém em Cabo Verde, mais do que triplicou em 2018, face ao ano anterior, chegando a 1,5 milhões de euros.

Os dados constam do relatórios e contas do banco, divulgado hoje, e referem que o Interatlântico fechou o exercício de 2018 com um resultado, após impostos, de 165.826.000 escudos (1,5 milhões de euros), um aumento de 205 por cento face a 2017.

No relatório e contas, a comissão executiva, liderada por Pedro Gomes Soares, refere que 2018 foi um ano de “melhoria significativa nos principais indicadores económicos e financeiros”, o que contribuiu para este resultado.

O banco também decidiu aplicar estes resultados em várias reservas e na cobertura de resultados transitados anteriores negativos, segundo o relatório e contas.

A estrutura acionista do Interatlântico, fundado em 1998, é liderada pelo grupo do banco português CGD, com uma posição de 70 por cento, seguida da Empreitel Figueiredo SA (11,69 por cento) e da Adega SA (6,73 por cento), entre outros pequenos acionistas.

O banco refere ainda, entre outros indicadores, que alcançou uma quota de mercado em Cabo Verde de 12,64 por cento no crédito bruto concedido. Em 2018, o crédito líquido concedido pelo banco rondava os 17,5 mil milhões de escudos (159 milhões de euros), ligeiramente abaixo (-0,15 por cento) dos resultados de 2017.

No crédito vencido, o banco refere que esse registo caiu 11 por cento no espaço de um ano, fechando 2018 com um volume total de 2,314 mil milhões de escudos (21 milhões de euros), equivalente a 15,7 por cento da carteira de crédito da instituição.

“A evolução do crédito em incumprimento está a ser objeto de acompanhamento dedicado, tendo-se reforçado os mecanismos e procedimentos de atuação do banco para a sua recuperação e estima-se uma diminuição acentuada no curto prazo”, lê-se no relatório e contas.

O documento refere que os 50 maiores clientes de crédito representavam 41 por cento da carteira de crédito do banco, uma diminuição de concentração de 7,88 pontos percentuais face a 2017.

O ativo líquido do banco estava avaliado em 31 de dezembro de 2018 em mais de 22,7 mil milhões de escudos (206 milhões de euros), uma quebra de 11,5 por cento no espaço de um ano, influenciado pelo volume de depósitos dos clientes, que desceu 8,92 por cento, para um total de 20,4 mil milhões de escudos (185 milhões de euros).

Em 2018, o banco manteve as nove agências com que opera em Cabo Verde, com cerca de 140 trabalhadores.

Em destaque

Subir