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Bananas da Madeira para os deputados do PSD, em protesto de um deputado do PND

arar 600Hélder Spínola, deputado do Partido Nova Democracia (PND) eleito na Madeira, entregou bananas aos deputados da bancada do PSD. O protesto ocorreu nesta sexta-feira, à porta da Assembleia da República, em Lisboa, e surge para criticar a acumulação de vencimentos e reformas, por parte dos políticos madeirenses.

Cachos de bananas foram entregues aos deputados do PSD, nesta sexta-feira, num protesto que decorreu à porta do Parlamento, protagonizado por Hélder Spínola, do Partido Nova Democracia.

O deputado regional madeirense manifestou-se deste modo original contra a acumulação de vencimentos e reformas, por parte de alguns políticos locais, citando alguns exemplos.

Hélder Spínola conseguiu entregar as bananas a Luís Montenegro, líder do gabinete do presidente do grupo parlamentar do PSD. E congratulou-se com esse facto, ironizando.

“Na Madeira, é difícil ser-se recebido por certas instituições. Aqui [em Lisboa], isso não acontece e é positivo”, afirmou, em declarações reproduzidas pela agência Lusa.

Em causa estão as acumulações de rendimentos por parte de alguns políticos na Madeira, que recebem vencimentos e pensões. De acordo com Hélder Spínola, Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira recebe 4124 euros de reforma, além de um vencimento de 5936 euros, conta a Lusa. “Esta situação de exceção não tem paralelo no país”, adiantou ainda o deputado do PND.

Segundo um aditamento feito ao Orçamento do Estado, os titulares de cargos políticos que estejam em funções, na Madeira, podem manter as reformas e os vencimentos, até cessarem o mandato.

Este protesto caricato gerou algumas reações bem humoradas, com Hélder Spínola a ser cumprimentado por alguns deputados, como João Semedo e Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, e Carlos Zorrinho, do PS. “Quem se porta mal, leva bananas, quem se porta bem tem direito a prendas”, afirmava Hélder Spínola, ainda de acordo com a Lusa.

O cacho de bananas foi depositado na porta lateral. O protesto quase foi suspenso por ordem de um polícia, mas as autoridades revelaram compreensão e verificaram que o deputado madeirense não estava a pôr em risco a ordem pública.

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