Os responsáveis pelas buscas do avião desaparecido da Malaysia Airlines estão “muito confiantes” de que os sinais acústicos detetados no oceano sejam mesmo das caixas negras. “Limitámos bastante a zona de buscas”, reforça o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot.
O Boeing 777 da Malaysia Airlines que desapareceu a 8 de março pode estar a dias – ou até mesmo horas – de ser encontrado.
Os responsáveis pelas operações de busca têm cada vez menos dúvidas de que estão a trabalhar na área certa, depois de detetados, na terça-feira, sinais acústicos numa área do oceano Índico.
“Limitámos bastante a zona de buscas e estamos muito confiantes de que os sinais sejam das caixas negras”, afirmou o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, numa entrevista à televisão pública australiana ABC.
Apesar da confiança, mantém-se a corrida contra o tempo: a duração estimada das caixas negras, fundamentais para se perceber o que aconteceu com o voo MH370, é de um mês, prazo que expirou a 8 de abril.
O primeiro-ministro da Austrália, país que coordena as operações de busca, está “muito confiante” de que o navio australiano “Ocean Shield” detetou, com o recurso a um sonar submarino norte-americano, os mesmos sinais acústicos em duas ocasiões distintas.
Pela frequência e pelo padrão, esses sinais coincidem com os sinais acústicos emitidos pelos localizadores das caixas negras.
O “Ocean Shield” detetou um sinal, na tarde de terça-feira (à hora de Perth, na Austrália), mas perdeu-o ao fim de cinco minutos e 32 segundos.
À noite, o navio detetou na mesma região do oceano um segundo sinal, ao longo de sete minutos.
“É claramente a pista mais prometedora”, assumiu, na altura, o general Angus Houston, chefe da Autoridade de Segurança Marítima da Austrália.
“Foram detetados dois sinais distintos, consistentes com as transmissões da caixa negra que regista os dados de voo e da que regista as vozes no cockpit”, reforçou o general.
Os dados das caixas negras são essenciais para explicar o que aconteceu com o voo MH370, depois do Boeing 777 da Malaysia Airlines ter desaparecido dos radares, na madrugada de 8 de março, com 239 pessoas a bordo, poucos minutos após descolado de Kuala Lumpur (Malásia) rumo a Pequim, na China.