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Avião com 76 pessoas passou a 20 metros de um drone

drone rasa aviaoPor apenas 20 metros não ocorreu um trágico acidente aéreo. Foi a essa distância que um avião com 76 pessoas a bordo esteve de um drone, quando voava a uma velocidade de quase 300 quilómetros por hora.

Entre 27 de agosto e 13 de setembro do ano passado, a UKAB, uma organização britânica que monitoriza a segurança na aviação, registou quatro incidentes de risco máximo de colisão entre aviões que realizavam voos civis e… drones.

O número consta de um relatório que chegou agora ao Parlamento britânico e não inclui aquele que poderia ter sido o pior acidente aéreo de 2015 no país.

Numa data não revelada, um Embraer 170, que circulava a quase 300 quilómetros por hora numa altitude de 600 metros, rasou um drone.

O avião com 76 pessoas a bordo passou a apenas 20 metros do ‘brinquedo’, que alguém controlava numa zona próxima a um dos aeroportos de Londres.

De acordo com o relatório da UKAB, os pilotos do avião nada poderiam fazer para evitar a colisão.

“Este tipo de incidentes entre aviões com pessoas a bordo e dispositivos controlados à distância estão a tornar-se cada vez mais frequentes e o próximo incidente pode não ser uma rasante, mas uma colisão”, alertou a organização.

A UKAB exige que as autoridades identifiquem e prendam os pilotos dos drones referidos nos casos que apresentaram ao Parlamento, mas até ao momento nenhum foi sequer identificado.

O relatório foi entregue aos deputados apenas poucos dias após um piloto ter alertado para o aumento dos riscos associados à generalização dos drones.

“Temos de atuar agora para proteger os passageiros e as tripulações para assegurar que não acontece uma catástrofe”, avisou Steve Landells, especialista de segurança do voo da associação britânica de pilotos de aviões.

“A tecnologia para evitar que os drones sejam operados nas zonas de alto tráfego aéreo tem de ser ativada de imediato e os designers de drones têm de trabalhar com controladores aéreos para que os aparelhos sejam detetados pelos radares”, acrescentou Steve Landells.

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