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Autoridade da concorrência alemã aprova compra da Papyrus Deutschland pela Inapa

A autoridade da concorrência alemã aprovou a compra da Papyrus Deutschland GmbH & Co KG pela Inapa, produtora de papel para impressão, que reforça assim a posição no mercado, revelou a empresa portuguesa.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Inapa diz que a autoridade da concorrência alemã aprovou “sem restrições” a aquisição da Papyrus Deutschland GmbH & Co KG, subsidiária da OptiGroup AB, dedicada à distribuição de papel para os segmentos gráfico e de escritório na Alemanha.

“Mostram-se cumpridas todas as condições a que se encontrava sujeito o contrato de compra e venda assinado em 24 de outubro de 2018, pelo que se estima que o fecho da transação ocorra nos próximos 30 dias”, refere comunicado.

A empresa diz ainda que o valor final da aquisição “está dependente das contas do mês de fecho da transação”.

Informa também que esta operação aumenta o volume de faturação do Grupo em mais de 50 por cento, tornando-o “no principal distribuidor de papel da Europa Ocidental”.

“O Grupo passará a ter uma posição de liderança na Alemanha, França e Portugal”, sublinha.

No comunicado enviado à CMVM, a Inapa diz ainda que pretende “combinar os negócios da Papyrus Deutschland, que faturou 569 milhões de euros em 2018, com os da sua subsidiária alemã Papier Union, que realizou um volume de negócios de 380 milhões de euros no mesmo período”.

Em abril, a Inapa anunciou que tinha passado de 200 mil euros de lucros em 2017 para prejuízos de 3,6 milhões de euros no ano passado, um período “marcado pela queda anormalmente elevada do consumo de papel na Europa Ocidental”.

Em comunicado, a Inapa revelou que fechou o ano de 2018 “com um volume de negócios de 860 milhões de euros, menos 2,9 por cento do que em 2017 num mercado que na Europa Ocidental sofreu uma quebra de consumo de papel de 7,4 por cento”.

Citado na mesma nota, o presidente executivo da empresa reconheceu que “a queda do consumo, a maior desde a crise de 2009, influenciou, decisivamente, a evolução da atividade. A significativa redução de custos operacionais só compensou parcialmente a redução de vendas e respetiva margem”.

Ainda assim, a “Inapa registou uma evolução importante com uma redução de 24 milhões de euros da dívida líquida, sendo que a dívida de curto prazo diminuiu 20 milhões de euros ou 29 por cento”, adiantou o mesmo responsável.

No final de maio, os acionistas da Inapa aprovaram os novos órgãos sociais do grupo, propostos pela Parpública e pelo BCP e que incluem a recondução de Diogo Rezende como presidente do Conselho de Administração.

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