Um consórcio de quatro universidades japonesas está à procura de uma cura para o autismo na oxitocina. Este neurotransmissor, mais conhecido como ‘a hormona do amor’, influi nas relações sociais, pelo que o ensaio clínico procura novas pistas para tratar os distúrbios de desenvolvimento.
Pode a cura para o autismo estar no amor, mais precisamente na ‘hormona do amor’, a oxitocina?
A resposta é procurada por um consórcio de quatro universidades japonesas que, a partir do próximo mês, vai estudar uma eventual influência da oxitocina no desenvolvimento de pessoas autistas.
Para já, os investigadores sabem que esta hormona fez aumentar a atividade do cérebro na região responsável pelas emoções, de acordo com um estudo realizado na Universidade de Tóquio.
A mesma equipa conseguiu mostrar que a oxitocina levou os pacientes do ensaio (adultos com autismo) a melhorar a capacidade de reconhecer e associar expressões faciais.
De acordo com a estação pública NHK, o ensaio clínico do consórcio vai abranger 120 pacientes, que serão divididos em dois grupos.
Aos elementos do primeiro grupo vai ser administrada a ‘hormona do amor’, por pulverização nasal, enquanto o segundo grupo serve de controlo, recebendo um placebo.
Os investigadores acreditam que a oxitocina, produzida pelo hipotálamo, serve de neurotransmissor ao nível das relações afectivas e sociais.
O nome popular de ‘hormona do amor’ vem da crença da oxitocina ser a principal responsável pelo orgasmo.
No ano passado, uma equipa do Centro Médico Langone de Nova Iorque (EUA) avançou com um estudo sobre os baixos níveis da oxitocina em autistas.