O número de ‘presidentas’ nos 308 municípios em Portugal é 25 e a tendência é… para continuar com uma representatividade inferior a dez por cento. As listas para as autárquicas de 1 de outubro continuam a ter nomes de homem no topo, seja qual for o partido.
A lei da paridade não veio mudar o cenário. É verdade que os partidos foram obrigados a incluir uma mulher por cada dois homens, mas o efeito prático é fácil de contornar: os dois homens vão à frente e, se o presidente tiver de sair, o ‘vice’ mantém a autarquia em mãos masculinas.
Em 2013, só 23 mulheres foram eleitas ‘presidentas’ num dos 308 municípios do país. Durante o ciclo autárquico, mais duas tiveram de assumir o poder. Ou seja, não chega sequer a uma representatividade de dez por cento: há 25 mulheres contra 283 homens na presidência de um município.
Dessas 23, metade (12) foram eleitas pelo PS. A CDU elegeu seis e o PSD apenas três, com as duas restantes a serem eleitas por movimentos independentes.
“É muito pouco”, assumiu Elza Pais, deputada e presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, em declarações ao I.
O recado serve para o interior do próprio PS, que só tem 43 mulheres a encabeçar a lista para as autárquicas de 1 de outubro, mas também para o grande rival. O PSD tem 37 listas com uma mulher no topo.
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