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Autarca de Cabo Verde pede apoio da CPLP na candidatura do Fogo à UNESCO

O presidente da câmara cabo-verdiana de São Filipe apelou hoje ao apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no processo de candidatura da ilha do Fogo, juntamente com a do Maio, à Reserva da Biosfera da UNESCO.

A posição de Jorge Nogueira foi assumida na abertura da X Reunião de Ministros do Turismo da CPLP, que decorre hoje na cidade de São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo, precisamente um mês depois de o Governo cabo-verdiano ter apresentado as fichas de candidatura na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

“Estamos conscientes da responsabilidade, mas também esperançosos com a ainda maior visibilidade que a ilha terá e com as enormes vantagens do trabalho em rede e do efeito de partilha e de promoção do nosso território com as demais reservas da Biosfera”, destacou o presidente da câmara de São Filipe, capital da ilha do Fogo.

Atualmente, segundo informação oficial da UNESCO, estão inscritas na Rede Mundial de Reservas da Biosfera um total de 11 reservas portuguesas.

“Como é evidente, não poderia deixar de aproveitar esta oportunidade de pedir toda a colaboração das demais Reservas dento da CPLP”, apelou Jorge Nogueira, mostrando-se “convicto” da aprovação da candidatura.

O Parque Natural da Ilha do Fogo, com 8.469 hectares e um ponto máximo, no pico do vulcão, de cerca de 3.000 metros de altitude, é o maior destaque daquela ilha cabo-verdiana.

“É um poderoso e insubstituível recurso turístico”, sublinhou o autarca de São Filipe, destacando a flora existente na ilha.

O presidente da câmara recordou que “das 82 espécies endémicas de plantas superiores existentes em Cabo Verde, 37 estão na ilha do Fogo”.

O Ministério de Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, através da Direção Nacional do Ambiente, submeteu em 14 de outubro as fichas de candidatura da Reserva da Biosfera das Ilhas do Maio e do Fogo à UNESCO, em Paris, processo que contou com o apoio técnico de Portugal.

Os resultados desta candidatura serão conhecidos no mês de junho de 2020.

Segundo informação do Governo, com a esperada classificação como reservas da biosfera das ilhas do Maio e Fogo, Cabo Verde “pretende ser reconhecido internacionalmente pelo seu compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável”.

E, em simultâneo, “utilizar a ‘certificação’ internacional da UNESCO como veículo de autopromoção, e criação de oportunidades de desenvolvimento socioeconómico, em particular no setor do turismo sustentável, na conservação e uso sustentável de recursos naturais, culturais, históricos e patrimoniais”, acrescentou.

O conceito das Reservas da Biosfera, refere informação anterior do Governo cabo-verdiano, “implica o envolvimento direto e apropriação por parte das comunidades e demais atores relevantes”, devendo ser “utilizado como um mecanismo para guiar e reforçar projetos que visem a melhoria da qualidade de vida das populações e assegurar a sustentabilidade ambiental”.

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