O primeiro-ministro australiano afirmou hoje que Camberra decidiu reconhecer formalmente o oeste de Jerusalém como a capital de Israel, mas que não vai mudar a embaixada até que haja um acordo de paz com a Palestina.
“O Governo australiano decidiu que a Austrália agora reconhece o oeste de Jerusalém como a sede do Knesset e de muitas das instituições do Governo (…) é a capital de Israel”, disse Scott Morrison, durante um discurso.
O primeiro-ministro afirmou ainda que a Austrália está disposta a reconhecer Jerusalém Oriental como capital da Palestina se um acordo de paz for alcançado, numa solução de dois Estados. A embaixada australiana não será transferida de Tel Aviv até que haja acordo, garantiu.
Os Estados Unidos da América foram o primeiro país a tomar esta decisão, em dezembro de 2017, que rompeu com décadas de consenso internacional sobre a Cidade Santa, cuja parte oriental é ocupada por Israel desde 1967 e reivindicada pelos palestinianos como capital do seu Estado.
Depois, a Guatemala e o Paraguai tomaram decisão idêntica.
Mas em setembro, o Governo do atual Presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, disse que iria anular a decisão, “absolutamente unilateral e sem consulta, sem qualquer tipo de elementos, nem argumentos fundados no Direito Internacional”, tomada pelo presidente cessante, Horácio Cartes, e anunciou o fecho da embaixada.
Esta decisão provocou mal-estar em Israel que, por seu lado, decidiu encerrar a sua representação em Assunção.
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