Categorias: Economia

Austeridade: Grécia quer mais dois anos para cumprir programa de ajustamento financeiro

A Grécia vai pedir um alargamento do prazo, em dois anos, para o programa de austeridade financeira a que está obrigado, no âmbito do segundo empréstimo da “troika”. O objetivo é reduzir mais lentamente o seu défice orçamental: em 1,5 por cento ao ano, em vez dos 2,5 por cento estipulados.

Destaca o Financial Times, desta quarta-feira, que a Grécia vai pedir mais dois anos para poder cumprir o memorando de entendimento que estabeleceu, em troca de um segundo empréstimo, com os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional. O prazo passará, assim, de 2014 para 2016.

Neste segundo plano de resgate financeiro, Atenas terá a espinhosa tarefa de cortar 11,5 mil milhões de euros (o equivalente a 5 por cento do PIB grego) na despesa pública prevista para os anos de 2013 e 2014. Caso falhe, sujeita-se à cessação do financiamento externo, bem como à obrigação de ter de abandonar a zona euro.

O governo grego propõe-se abater o “deficit” em 1,5 por cento ao ano. Tal implicará a necessidade de um financiamento adicional de 20 mil milhões de euros, que o executivo pretende obter sem ter de recorrer aos parceiros da zona euro: pressupõe um empréstimo (já existente) do FMI, a emissão de bilhetes do tesouro e o adiamento do início do pagamento do primeiro empréstimo da “troika” (de 2016 para 2020).

Este pedido deverá ser apresentado, na próxima semana, durante os encontros do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, previstos para o dia 24. Antes, porém, o primeiro-ministro grego deverá ainda reunir-se, em Atenas, com o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

Em reação a esta notícia, a Alemanha relembra que a Grécia terá mesmo de cumprir o acordo com a troika, se quiser continuar a beneficiar da ajuda externa. Aliás, nas últimas semanas tem sido notória a crescente impaciência do Governo alemão para com a situação da Grécia: o vice-presidente do governo alemão, Michael Fuchs chegou mesmo a sugerir que a Grécia deve sair voluntariamente da zona euro, no caso de falhar o programa de reformas estruturais.

De acordo com a Agência Reuters, os juros das obrigações da Grécia, a dez anos, estavam a subir, tendo já atingido os 24,5 por cento. Por sua vez, em Itália, Espanha e Portugal, a tendência, nos últimos dias, tem sido a de queda ligeira.

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