Um acordo entre o Ministério da Saúde e os sindicatos aumentou o período laboral dos clínicos em mais cinco horas. Ao terem de trabalhar 40 horas por semana, os médicos abrem vagas para que mais de um milhão de utentes possa, finalmente, ter médico de família.
As negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos estão perto de um acordo final, depois de ontem ter sido anunciado um acordo entre as partes. De acordo com os dados revelados, esse compromisso ditou mais trabalho para os clínicos, que agora passam a ter de cumprir 40 horas por semana, ao invés das 35 ainda em vigor.
Contudo, a esse aumento de horas não corresponde uma valorização salarial, pois o regime de horas extraordinárias tem de respeitar as regras definidas para a função pública, o que significa um corte de 50 por cento nos feriados, fins de semana e horas noturnas. Os clínicos terão ainda de cumprir um sistema de avaliação de desempenho e ficam disponíveis para mobilidadem até 60 quilómetros de casa.
O acordo define ainda a tabela salarial: os médicos passam a ganhar entre 2700 a 5000 euros líquidos. A novidade mais positiva para os clínicos é a abertura de novas vagas: o Ministério da Saúde terá de admitir até 2000 novos funcionários, entre especialistas em início de carreira e consultores.
