Cultura

Auguste Rodin lembrado em dia de aniversário com google doodle

auguste rodinAuguste Rodin é hoje homenageado com um google doodle, no dia em que se assinala o 172.º aniversário (12 de novembro de 1840) do escultor francês. Rodin, que se apaixonou pela escultura a moldar massa de pão, na cozinha da mãe, tornou-se num dos mais prestigiados escultores do mundo.

Auguste Rodin é hoje alvo de uma homenagem por parte do maior motor de busca do mundo, que dedica um google doodle ao escultor francês, neste dia 12 de novembro, no qual se cumprem 172 anos desde a data do nascimento deste escultor francês.

François Auguste René Rodin nasceu em Paris, em 1840, e desde criança se apaixonou pela escultura. Pegava em pedaços de massa de pão, na cozinha da mãe, e criava as formas que o seu talento e imaginação permitiam. Era a génese de um dos mais talentosos escultores do mundo, hoje lembrados pelo Google.

Enquanto criança, Auguste Rodin divertia-se com a escultura. Mas a verdade é que foi ainda em criança (com 15 anos) que Rodin ingressou numa pequena academia de arte, em mais um capítulo rumo ao estatuto que viria a adquirir, como um dos escultores mais geniais da história da arte.

Pouco tempo mais tarde, Auguste Rodin viria a ser aceite na Escola de Artes Decorativas, onde pôde juntar o talento inato ao conhecimento de outros grandes nomes da escultura, Boisbaudran e Barye, que lhe forneceram as bases teóricas.

O processo de formação de Rodin prosseguiu na Academia de Belas-Artes, onde ingressou logo depois, trabalhando com os escultores Carpeaux e Dalou. Auguste Rodin foi ornamentista, modelador e cinzelador.

Mas se a formação de Auguste Rodin seguia de vento em popa, certo é que o mundo das artes demorou a acolher este talentoso escultor francês. Aliás, este bloqueio a novos nomes é comum a grandes artistas mundiais.

A primeira obra de Auguste Rodin depois de concluir o seu caminho de aprendizagem não foi aceite pelo prestigiado Salon de Paris. ‘O Homem de Nariz Quebrado’, de 1864, foi considerado pelo júri como um projeto inacabado, um esboço, que não poderia ser exposto.

Mas, curiosamente, esta foi uma caraterística de todo o trabalho de Rodin: uma obra inacabada, que se baseava no conceito de ‘non finito’ [não acabado]. Apesar de ver barradas as portas do Salon de Paris, Auguste Rodin não esmoreceu.

Onze anos mais tarde, em 1875, Auguste Rodin conhece Meunier, altura em que leva a cabo uma viagem à Itália, que se viria a tornar preponderante na sua obra notável, hoje lembrada com um doodle, que representa a eternidade do nome e dessa obra.

Em Itália, Rodin apaixona-se pelo trabalho de Michelangelo, em particular pela escultura ‘O Prisioneiro’ – curiosamente, uma escultura inacabada.

A partir desta altura, Auguste Rodin dá início a um périplo mundial, graças ao qual visita algumas catedrais góticas e contacta com nomes da sua arte. ‘São

João Batista Pregando’, de 1878, é o principal fruto desta viagem.

Auguste Rodin seguiu um princípio, depois de observar partes de obras (fragmentos de esculturas clássicas): a parte da obra poderia, até determinado ponto, representar o seu todo. E isto influencia o conceito de Rodin, escultor que começa, a partir desta altura, a criar obras inacabadas, algo que nunca ninguém fizera, no mundo das artes.

‘O Homem que Caminha e Torso’ é um dos exemplos de um trabalho ‘non finito’. Esses fragmentos de obras não eram, contudo, resultado de um capricho artístico de Auguste Rodin.

As obras mais célebres de Rodin são ‘O Beijo’, ‘O Pensador’ – parte de um conjunto de esculturas realizadas para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas – e o ‘Retrato de Balzac’.

Rodin tornou-se famoso ainda em vida. Os seus trabalhos foram muito bem acolhidos, pela originalidade e capacidade de moldar o seu imaginário. A sua fama trespassou fronteiras e chegou à América do Norte. Hoje, os museus mais importantes do mundo exibem peças deste escultor, hoje lembrado com um google doodle.

Auguste Rodin morreu no dia 17 de novembro de 1917. Está sepultado no Musée Rodin, em Paris.

E precisamente Paris, a cidade que ‘vetara’ a primeira obra de Auguste, tem um museu onde se guarda parte do espólio do escultor e a história da vida. O Musée Rodin está localizado no Hôtel Biron, muito perto do túmulo de Napoleão.

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