Depois da RTP, é a vez da TVI denunciar a alegada instabilidade e falta de fiabilidade do sistema de medições de audiências da GfK, empresa de audimetria televisiva. As divergências dos números relativos às audiências apresentados desde março continuam a suscitar polémica. A SIC não fica de fora desta ‘luta’.

A TVI junta-se à RTP na luta contra a GfK, cujo método de avaliação de audiências televisivas provocou grandes diferenças e divergências, desde que começou a ser aplicado. Quer a estação pública quer a TVI assinalaram uma forte quebra de audiências, desde que a GfK começou a avaliar dados.

Com as novas medições, o principal canal da RTP assinala um decréscimo de 29 por cento de share. Por seu turno, a TVI perdeu 11 por cento. Os dois canais retiram credibilidade à nova audimetria e consideram que o sistema utilizado carece de rigor.

Recorde-se que a empresa ganhou o concurso de audimetria e começou com as suas medições de audiências desde 1 de março. Depois das primeiras críticas da RTP, o responsável da empresa, António Salvador, considerou que as mesmas se deviam ao facto de os números não agradarem, na altura, à estação pública de televisão.

“Estamos a ser criticados porque a natureza dos resultados desgosta os críticos”, dissera Salvador, à agência Lusa. Certo é que a TVI surge agora a apontar o dedo à GfK, prometendo solicitar uma análise de audiências à Marktest. Já a SIC fica de fora desta luta de audiências.

Os dois canais tentam um método de medição de audiências “fiável e credível” e não reconhecem “validade das audiências produzidas pelo painel da GfK”. RTP e TVI consideram que os números apresentados colocam em causa o trabalho das estações, uma vez que uma análise de audiências rigorosa é fundamental.