Audi recolhe modelos com defeito em airbags da Takata

A Audi anunciou a recolha de 170 mil automóveis nos Estados Unidos, seguindo uma recomendação da autoridade de segurança rodoviária norte-americana (NHTSA) afetados por airbags defeituosos fabricados pela japonesa Takata

Em causa estão veículos da marca dos quatro anéis fabricados entre 2005 e 2014, cujos airbags frontais do condutor são passíveis de apresentarem defeito.

Já não é a primeira vez que a Takata se vê envolvida em problemas com os seus airbags, já que nos últimos anos a empresa nipónica teve outros casos que até chegaram aos tribunais, por ocultação de defeitos e demissões entre os seus responsáveis.

Inicialmente quatro marcas de automóveis foram afetadas pelo primeiro caso detetado em Abril de 2013, com a Toyota a ser obrigada a uma recolha de veículos em Junho do mesmo ano.

A Takata admitiu que os seus dispositivos eram defeituosos e que os airbags eram despoletados sem aparente causa para isso – como colisão ou impacto do veículo contra algum objetivo. Do defeito resultaram ferimentos e mesmo mortes em alguns automobilistas norte-americanos.

A NHTS foi forçada a intervir e a ordenar novas recolhas em Julho, com recomendação de urgência para zonas dos Estados Unidos com maior teor de humidade, como a Florida, o Havai ou as ilhas Virgens americanas.

Outra recolha em grande escala foi ordenada em Outubro, e expandida a veículos de diversas marcas, sendo que a Toyota anunciou a substituição dos sistemas de airbags a 25 do mesmo mês.

Em Setembro o jornal New York Times publicou que pelo menos 139 pessoas ficaram feridas e outras duas morreram devido ao defeito nos airbags da Takata, sendo 30 dos ferimentos ocorreram a bordo de modelos da Honda.

Segundo o mesmo periódico tanto a Takata como a Honda já sabiam do defeito desde 2004, mas não notificaram a NHTSA.

Inicialmente a Takata disse que os químicos que provocam o despoletar dos airbags em caso de acidente foram mal manuseados na montagem, com a empresa a culpar a humidade em Julho de 2013.

De acordo com documentos recolhidos pela agência Reuters, a marca já sabia de defeitos detetados na sua fábrica no México, permitindo que eles saíssem da linha de montagem e fossem enviados para os vários construtores.

A NHTSA prossegue a sua investigação para perceber quanto profundo é o problema e até que ponto a Takata o ocultou das autoridades, dos construtores automóveis e do público em geral.

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