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“Atuação belicista” de Bruno de Carvalho entre fundamentos para destituição

A “atuação belicista” do presidente do Sporting para com a equipa de futebol, os órgãos sociais e os sócios está na base do pedido de revogação de mandato com justa causa a apresentar na Assembleia Geral de 23 de junho.

Numa anexo à convocatória da Assembleia Geral (AG) de 23 de junho, a Mesa da AG, presidida por Jaime Marta Soares, elenca atuações que considera que “têm vindo a delapidar de forma insustentável, e teme-se que irreversível, o património material e imaterial do clube”.

De acordo com o documento, que a MAG quer ver entregue aos associados, Bruno de Carvalho é acusado de ter uma “atuação belicista”, numa lista com 70 pontos, ordenada cronologicamente e com início em 05 de abril, dia em que os ‘leões’ perderam em Madrid, com o Atlético por 2-0, em jogo da Liga Europa.

Na lista são referidas as críticas de Bruno de Carvalho aos jogadores e é apontada a inércia do Conselho Diretivo após a invasão de cerca de 40 elementos das claques à Academia do clube, em Alcochete.

“Tanto a atuação belicista do presidente do Conselho Diretivo, como a ausência de qualquer reparo, crítica ou condenação veementes às atuações das claques manteve um nível de ameaça sobre os jogadores e de impunidade de atos de violência inaceitáveis num clube com os princípios e valores do Sporting”, refere o documento.

As rescisões de seis jogadores, alegando justa causa, estão também entre os pontos para a revogação do mandato com justa causa, com a MAG a considerar o clube não receberá os “montantes de eventuais transferências que pudessem vir a ser acordadas”.

A lista elenca também conflitos de Bruno de Carvalho com os órgãos sociais e terceiros, referindo que, “em vez de se esforçar no sentido de unir”, o presidente “tem vindo a criar autênticas guerras contra todos os sócios que, simplesmente, não partilham das suas ideias ou visões”.

“Sportingados”, “ratos” ou “ovelhas” são expressões usadas por Bruno de Carvalho, que a MAG considera insultuosas, às quais se juntam “uma postura agressiva perante as diversas entidades do mundo do futebol”, e “conflitos com quase todos os agentes de comunicação social”.

O documento refere que o Conselho Diretivo nomeou de “forma ilegitima, ilegal e em violação dos estatutos do Sporting uma Comissão Transitória da MAG” e duas Assembleias Gerais, uma ordinária e outra eleitoral.

A Mesa da AG, presidida por Jaime Marta Soares, convocou para 23 de junho uma reunião magna destitutiva, que o Conselho Diretivo contesta, por considerar que a MAG não está em funções.

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