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“Atónitos”, trabalhadores criticam Câmara de Lisboa por querer fechar a lucrativa EPUL

construcao genericaA EPUL é das poucas empresas municipais que saiu da falência técnica para dar lucro nos dois últimos anos, mas a Câmara de Lisboa quer encerrá-la. “Não compreendemos”, desabafam os trabalhadores, “atónitos com a decisão” da autarquia.

“Atónitos com a decisão”, os trabalhadores da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) exigem conhecer os motivos pelos quais António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, quer encerrar a empresa municipal. “Não compreendemos que, com resultados destes e com uma cidade com necessidades de reabilitação, a Câmara Municipal opte por extinguir a empresa”, afirmou Pedro Vicente, em representação dos funcionários.

Os “resultados” são a passagem de um estado de falência técnica para o exercício com lucros nos dois últimos anos. “Em quatro anos, a EPUL saiu de uma situação de falência técnica para dar resultados líquidos positivos, cerca de cinco milhões de euros em 2010 e 5,5 milhões em 2011”, explicou Pedro Vicente, citado pela Lusa.

O problema está nos 46 milhões de euros emprestados pela Banca que a empresa terá de pagar a 20 de dezembro, avança o jornal Público. Sem abordar as contas da EPUL, o edil António Costa salientou que “a conjuntura que vive o mercado imobiliário exige que tomemos decisões que não devem ser adiadas”.

“Decisões” que, conforme o presidente da Câmara de Lisboa revelou ontem, passarão pela integração dos cerca de 150 funcionários da EPUL no quadro da autarquia, assim como a cedência do património da empresa municipal para o município. Os direitos dos credores e dos clientes (incluindo os donos de fogos ainda por terminar) serão respeitados, assegurou António Costa.

Enquanto os trabalhadores exigem uma reunião com o presidente da Câmara, os vereadores permanecem em silêncio, tal como a admistração da empresa municipal.

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