Durante anos, Caroline Lovell defendeu de forma acérrima os direitos de parteiras e era uma apologista dos partos no domicílio. Por ironia do destino, acabou por ser vítima da falta de assistência em casa, em Melbourne, depois de uma paragem cardíaca, que a obrigou a ser transportada para o hospital.
Foi assistida na unidade hospitalar, mas acabou por morrer no dia seguinte. Não se conhecem as causas da paragem cardíaca desta australiana de 36 anos, mas o tratamento da paciente teria sido mais eficaz se estivesse numa unidade hospitalar aquando do nascimento da filha.
A bebé (a segunda filha de Caroline) encontra-se bem e o parto decorreu sem complicações, com a ajuda de uma parteira privada. Mas a morte de Caroline Lovell veio levantar polémica sobre os partos em casa. A causa de Caroline sofreu um rude golpe, com a morte desta ativista.
Caroline Lovell, fotógrafa profissional, era casada e tinha uma filha de 3 anos, além da recém-nascida. Lutou, junto do governo australiano, no sentido de ser facultado apoio para mulheres que pretendam partos domiciliares.
Considerava que as mães que apresentassem um quadro de gestação de baixo risco deveriam ter o direito a escolher que tipo de assistência pretendiam. Dizia-se “chocada” e “envergonhada” pela imposição dos serviços de saúde do Estado. “Eu quero que os meus filhos nasçam em casa”, afirmou, um dia.
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